😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Juros: Taxas sobem com IPCA, petróleo e temor sobre greve de caminhoneiros

Publicado 11.03.2022, 15:41
Atualizado 11.03.2022, 19:13
© Reuters Juros: Taxas sobem com IPCA, petróleo e temor sobre greve de caminhoneiros

Os juros futuros fecharam o dia em alta, pressionados pelo indigesto IPCA de fevereiro às vésperas da reunião do Copom, aumento da aversão ao risco com o conflito no leste europeu - que afetou os preços do petróleo e o câmbio - e temor sobre greve dos caminhoneiros em função do reajuste nos preços dos combustíveis.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou a sessão regular em 13,14% e a estendida em 13,20%, de 13,042% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2024 passou de 12,80% para 12,99% (regular) e 13,111% (estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 12,44% (regular) e 12,58% (estendida), de 12,277% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 subiu de 12,146% para 12,21% (regular) e 12,37% (estendida).

Ao longo do dia, o IPCA de 1,01% no mês passado, contra 0,54% em janeiro e mediana das estimativas de 0,94%, reverberou sobre a curva até os vértices intermediários, que já sofriam desde ontem com o reajuste da Petrobras (SA:PETR4). Com a surpresa negativa e as novas pressões advindas da guerra iniciada no fim de fevereiro ainda a serem incorporadas ao IPCA nos próximos meses, mais uma leva de instituições revisou para cima suas projeções para o ano, como o Barclays (LON:BARC), que passou a esperar IPCA de 6,2%, e o Banco Fibra que colocou sua projeção em 7,1%, o que seria o dobro da meta central de inflação de 3,5%.

LEIA MAIS: Inflação é mundial, não tem a ver com governo Bolsonaro, diz Guedes

A retomada da alta do petróleo à tarde só fez ampliar os temores com o cenário inflacionário, colocando uma bomba no colo do Copom na quarta-feira. "A reunião já é na semana que vem e a guerra impõe uma dificuldade adicional, um quadro muito diferente do encontro anterior, quando os diretores sinalizaram intenção de desacelerar o ritmo de aperto", afirma a economista-chefe da MAG Investimentos, Patricia Pereira, para quem o ciclo vai ser mais longo e a Selic vai demorar mais a cair.

Os preços do petróleo subiram 3%, com o barril do Brent a US$ 112, em meio ao reforço nas sanções econômicas contra a Rússia anunciadas hoje pelo G7 e temores sobre o desenvolvimento de armas químicas.

Para Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital Modalmais, o conflito geopolítico na Ucrânia estressou os preços das commodities e vem provocando rupturas na economia global que não deverão ser resolvidas no curto prazo. "Soma-se a isso um provável ritmo de aperto monetário mais rápido nas economias desenvolvidas e a intempestividade da ala política em aprovar medidas de alto potencial fiscal", comentou, em relatório. Na próxima semana, no mesmo dia do Copom, haverá reunião do Federal Reserve, com expectativa de aperto de 25 ponto-base no juro americano.

Na sessão estendida, as taxas renovaram máximas após a informação de que transportadores de carros e de combustíveis decidiram parar e não fazer novas viagens a partir de hoje. As empresas afirmaram que o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras inviabilizou o frete e que, até que as condições financeiras sejam restabelecidas, a frota ficará parada.

O temor é que o movimento ganhe força e se espalhe a outras categorias de transporte de cargas. Segundo a Renascença Política, representantes do Ministério da Infraestrurura dizem que ainda não há sinais de que haverá movimentos para impedir o trânsito dos caminhoneiros nas rodovias. "A situação mudaria a partir disso. A tendência é de que as lideranças dos movimentos de paralisação sejam procuradas pelo ministro Tarcísio nas próximas horas", afirmam os analistas.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.