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Juros: Taxas sobem com pressão do petróleo e medidas para preço de combustível

Publicado 07.03.2022, 15:51
Atualizado 07.03.2022, 19:10
© Reuters.  Juros: Taxas sobem com pressão do petróleo e medidas para preço de combustível

Os juros futuro fecharam a sessão em alta firme em função dos temores sobre os efeitos econômicos da guerra, num dia em que o petróleo nas máximas intraday se aproximou dos US$ 140 por barril, e das medidas consideradas pouco ortodoxas que estariam sendo aventadas pelo governo para evitar que a Petrobrás repasse aos preços internos a alta do petróleo.

A probabilidade cada vez maior de um anúncio de embargo ao petróleo russo pelo Ocidente - em resposta à ofensiva de Moscou na Ucrânia - e a falta de acordo para cessar fogo na terceira rodada de negociações entre as partes levaram o mercado a reforçar a aversão ao risco no período da tarde.

Na sessão estendida, o avanço ganhou força com as informações apuradas pelo Broadcast de que o governo estuda congelar temporariamente os preços dos combustíveis. As taxas de curto e médio prazos subiram, mas as longas subiram muito mais.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 voltou a fechar nos 13%, a 13,09% (regular) e 113,105% (estendida), de 12,986% no ajuste de sexta-feira, e a o DI para janeiro de 2024 subiu de 12,604% para 12,81% (regular) e 12,85% (estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou em 12,255% (regular) e 12,295% (estendida), de 12,002% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 voltou a romper 12% no fechamento pela primeira vez desde novembro, encerrando a 12,08% (regular) e 12,13% (estendida), de 11,711%.

Desde a eclosão do conflito, a subida das commodities tem feito estragos na curva, principalmente por causa do petróleo, dada a ampliação da defasagem cada vez maior dos preços domésticos ante os internacionais, estimada em cerca de 35% no caso da gasolina. Hoje, boa parte dos grãos fechou em queda ou com altas leves, com exceção do trigo que voltou a avançar entre 5% e 7%, mas o petróleo Brent, referência para a Petrobras (SA:PETR4), subiu a US$ 123 o barril, após encostar em US$ 140 mais cedo.

Há grande preocupação com a possibilidade de suspensão da importação do petróleo e gás da Rússia, o que estrangularia a oferta e pode levar os preços a superar US$ 150 no cálculo de algumas casas. No fim da tarde, a Casa Branca informou que nenhuma decisão foi feita até o momento pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a medida "está na mesa". A terceira rodada de negociações para um acordo de cessar fogo não teve avanços, com a Rússia fazendo uma série de exigências para retirar a ofensiva.

"No começo todo mundo achava que ia durar 3 dias, mas a guerra parece ter ficado fora de controle", disse o operador de renda fixa da Mirae Asset Paulo Nepomuceno.

No Brasil, o governo tenta uma saída para evitar o repasse do petróleo pela Petrobrás e, logo, impacto na já elevada inflação. Os ministros Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil)se reuniriam ainda nesta segunda-feira para discutir uma saída. Também haveria hoje no Planalto uma outra reunião com técnicos de ao menos três ministérios para debater o assunto.

Segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, junto a fontes, o governo discute a possibilidade de congelamento dos preços de combustíveis enquanto durar a guerra, de forma a evitar mudança na política de paridade da Petrobrás. Seria uma alternativa ao fato de que o uso de dividendos para subsídio é vedado por lei, que prevê que todo o montante arrecadado pelo governo com dividendos seja destinado à amortização da dívida pública. Nem mesmo a possibilidade de decretar estado de calamidade tendo a guerra como argumento estaria descartada, o que daria liberdade para adotar medidas que mitiguem o impacto na economia.

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