SÃO PAULO – O lucro líquido da gestora de shopping centers Iguatemi (SA:IGTA3) recuou 14% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Em valores, a empresa lucrou R$ 38,7 milhões, ante os R$ 45,1 milhões da comparação. Com receitas em alta e controle de despesas, o resultado foi pressionado, sobretudo, pelas linhas financeiras do balanço.
A receita líquida subiu 8%, para R$ 160 milhões. Com os custos praticamente estáveis em relação ao mesmo período de 2015, o lucro bruto saiu 12% maior na conta. A companhia também conteve as despesas, fazendo com que o lucro antes do resultado financeiro crescesse 29%.
Ao computar essas linhas, porém, a situação se inverte. As receitas financeiras recuaram 35%, e as despesas avançaram 22%. Com isso, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 51,8 milhões – um incremento de 84%.
A Iguatemi atribuiu o desempenho a dois fatores. De um lado, ganhou menos com aplicações financeiras, ao reduzir seu caixa para quitar uma parcela da compra de outra fatia do Shopping Pátio Higienópolis. Já as despesas financeiras subiram, devido à alta da taxa básica de juros, que corrige 68% das dívidas.
Por fim, a gestora fechou março com menos dinheiro em caixa: R$ 291 milhões, uma queda de quase R$ 10s milhões sobre a posição de dezembro.