SÃO PAULO (Reuters) - A Magazine Luiza (SA:MGLU3) investirá no próximo ano na automação do seu maior centro de distribuição, localizado no município de Louveira (SP), e intensificará esforços para agregar mais vendedores e categorias de produtos em seu marketplace, como parte dos planos de tornar-se uma plataforma digital de varejo.
"O ano de 2018 foi de virada para companhia, apesar de um cenário macro mais desafiador do que todo mundo imaginava. Perfeição é utópico, mas se teve um ano que nos aproximamos disso foi 2018 e temos base sólida para o ciclo que vem pela frente", afirmou o presidente da varejista, Frederico Trajano, em encontro com investidores e analistas na capital paulista.
Ele ressaltou que o marketplace da Magazine Luiza ganhou relevância nos últimos trimestres, mas ainda há muito trabalho a ser feito para agregar mais vendedores e categorias de produtos à plataforma. "Queremos trazer empresas analógicas para o mercado digital. Nosso marketplace está apenas começando."
Segundo o vice-presidente comercial e de operações da empresa, Fabrício Bittar Garcia, todas as quase 1 mil lojas físicas do grupo já tem sortimento de produtos vendidos por terceiros. "Nosso vendedor vai poder vender todos os produtos do marketplace", comentou.
A Magazine Luiza também está construindo mini centros de distribuição em lojas para ganhar agilidade logística e acelerar o tempo de entrega, acrescentou Bittar, citando 101 reformas entre maio e novembro deste ano.
De acordo com o diretor executivo de ecommerce da companhia, Eduardo Galanternick, a estratégia adotada é "Mobile First", com foco no aplicativo, que já soma 19 milhões de downloads e tem participação maior que o site nas vendas.
Nesta sexta-feira, a Magazine Luiza lançou no aplicativo um serviço de entrega "super expressa" a partir de lojas, conhecido como "ship from store", que inicialmente incluirá 10 lojas.
A varejista também anunciou nesta sexta-feira compra da startup mineira Softbox, especializada em soluções para empresas de varejo e indústria de bens de consumo que desejam fazer vendas digitais a consumidor final.
Por volta das 11:40, os papéis da companhia tinham alta de 1,8 por cento, a 170,52 reais, entre as maiores altas do Ibovespa, que cedia 0,17 por cento.
(Por Gabriela Mello)