Por Senad Karaahmetovic
O Manchester United (NYSE:MANU) confirmou ontem que seu Conselho de Administração autorizou um processo para “estudar alternativas estratégicas para o clube”.
Com isso, a família Glazer, proprietária do histórico clube inglês, confirmou rumores de que abriu o time para venda pela primeira vez desde que assumiu o controle da instituição em 2005.
“O processo tem como objetivo melhorar a perspectiva de crescimento do clube, permitindo que aproveite as oportunidades dentro e fora de campo. Como parte desse processo, o Conselho levará em consideração todas as alternativas estratégicas, inclusive um novo investimento no clube, uma venda ou outras transações envolvendo a Companhia”, declarou o Manchester United em um comunicado.
O clube contratou a consultoria financeira Raine Group, responsável pela venda do rival Chelsea para um consórcio liderado pelo bilionário americano Todd Boehly no início do ano.
“Avaliaremos todas as opções, a fim de garantir o melhor resultado para os nossos torcedores e gerar mais oportunidades de crescimento para o Manchester United. Durante todo o processo, continuaremos plenamente focados em satisfazer os melhores interesses dos nossos torcedores, acionistas e grupos de interesse”, afirmaram os copresidentes executivos e diretores Avram Glazer e Joel Glazer, em um comunicado.
O Manchester United conseguirá atrair compradores com facilidade, de acordo com analistas do Jefferies. Eles acreditam que o MANU "é um ativo verdadeiramente único, com grande projeção mundial (>1B torcedores/seguidores) e no atual mercado de mídia e esportes ao vivo”.
“Transações recentes, como a venda do Chelsea, podem colocar em destaque a lacuna no valuation do MANU em relação aos concorrentes”, acrescentaram os analistas.
Konik disse ainda que o Manchester United tem um estádio maior, um alcance global superior ao Chelsea, além de gerar mais receita e Ebitda. Com isso, seus fundamentos “justificam um prêmio” em relação à transação do adversário, vendido por US$ 3,1 bilhões, além de US$ 2,2 bilhões em compromissos de investimento no estádio, equipe, etc.
A notícia da venda do Manchester United saiu depois que o clube e a estrela do futebol internacional, Cristiano Ronaldo, anunciaram um acordo para rescindir mutuamente o contrato. Ronaldo deu recentemente uma entrevista não autorizada, na qual criticou duramente o clube, seu técnico e seus proprietários. Estima-se que o MANU economizou cerca de US$ 20 milhões em custos anuais com a saída de Ronaldo cerca de sete meses antes do vencimento do contrato.
As ações do Manchester United disparavam mais de 14% nesta quarta-feira, às 12h40 de Brasília, depois de fechar o pregão de ontem com uma alta de 15%.