Investing.com – A Mega-Sena 2696 vai sortear um prêmio de R$205 milhões às 20h desta terça-feira 5, em São Paulo (SP). Esse é o maior prêmio do ano na principal loteria da Caixa Econômica Federal e, caso tenha um vencedor, seria o quinto maior prêmio na história, considerando os concursos regulares, mas não a Mega da Virada. As apostas podem ser realizadas até às 19h em lotéricas ou pela internet, por meio do site da Caixa, com valor para o prêmio simples em R$5. Para este tipo de aposta, a chance de se tornar milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. No caso de 15 dezenas, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, mas o preço de R$22.522,50.
No sorteio do último sábado, 2, não houve vencedores do prêmio máximo. A Mega realiza três sorteios por semana, nas terças, quintas e sábados. Neste ano, foram realizados 25 concursos, mas só houve vencedores do prêmio máximo em dois: em 6 de janeiro, de R$6,4 milhões, além de outro em 3 de fevereiro, com R$94,8 milhões, o maior de 2024 até o momento.
De milionário à pobreza? Veja dicas de como não sofrer com isso, se for o ganhador
Perder todo o dinheiro é possível para quem ganhou milhões de reais. Por isso, de acordo com Malu Sprícigo, especialista de investimentos CEA, o primeiro passo é conhecer o padrão de vida, pois é através dele que é possível entender o quanto de patrimônio é necessário para a perpetuidade.
“Por exemplo, uma família que possui gastos na casa de R$25.000,00 e recebe um prêmio milionário, o ideal seria que R$7.500.000,00 fosse destinado para uma aplicação financeira conservadora que buscasse um retorno acima da inflação de 4% ao ano, garantindo assim, a manutenção do patrimônio para gerações seguintes”, destaca.
A especialista conclui que um ponto importante para manutenção do patrimônio é garantir ganhos acima da inflação, pois dessa forma o patrimônio vai sendo corrigido anualmente e o investidor pode buscar a perpetuidade do mesmo, desde que consuma apenas o juro real, ou seja, os “frutos da árvore”.
Então, como investir a bolada?
A diversificação nos investimentos é essencial para reduzir riscos e garantir a perpetuidade do patrimônio, segundo a especialista. “Ainda assim, o Brasil é o país dos juros; mesmo com os cortes da Selic, ainda há bastante espaço para ganhos representativos acima da inflação”.
Assim, a orientação da especialista seria alocar a maior parte em renda fixa, distribuídos em pré-fixados, pós-fixados e títulos indexados à inflação, que garantiriam a preservação do capital, enquanto que outra parte do recurso pode ser alocada em ativos multimercado e de renda variável, buscando ganhos mais expressivos no médio e longo prazo.
“Além disso, o investidor deve considerar alocar uma parte menor do seu patrimônio em outras estratégias de investimentos que não somente investimentos financeiros, como por exemplo, negócios ou empreendimentos, desde que, respeite sua tolerância a riscos, dado que, esse tipo de investimento pode ter um ganho bastante representativo no longo prazo, mas pode também delapidar parte do patrimônio; por isso, uma gestão ativa do portfólio como um todo é imprescindível para buscar êxito nas decisões tomadas”, ressalta Sprícigo.
Investimentos mais conservadores
Atualmente o investimento mais seguro que existe no Brasil é o Tesouro Selic, segundo a especialista, em o investidor empresta dinheiro ao governo federal e é remunerado por isso. “Esse tipo de investimento rende Selic mais uma taxa. Partindo do pressuposto que nossa taxa de juros está no patamar de 11,25% ao ano (até a próxima reunião do Copom – onde já foi sinalizado que haverá uma redução de 0,5 ponto percentual passando para 10,75%), esse seria o mínimo que o investidor conservador deveria buscar em suas aplicações”, detalha a especialista.
Considerando a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulada, dos últimos 12 meses, em 4,51%, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o investidor garantiria hoje um prêmio real de 6,45% ao ano, ou seja, um rendimento acima da inflação nesse valor.
“Sabe-se que a Selic está em queda e a perspectiva é de chegar a 9% ao final do ano, segundo o Boletim Focus de 01º de março. Com essa redução de juros, deve-se aumentar a inflação e consequentemente o juro real ficará em um patamar menor, porém ainda sim, deve-se considerar que teremos um prêmio real interessante. Por isso, gosto muito da combinação de pós-fixado, pré-fixado e IPCA+, onde caso um dos investimentos não performe tão bem, certamente o outro estará puxando a carteira”, completa Sprícigo.
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