🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Na crise hídrica, Petrobras importa mais para elevar oferta de gás natural em 36%

Publicado 15.06.2021, 13:49
© Reuters. Edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ) 
09/03/2020
REUTERS/Sergio Moraes
NG
-
PETR4
-

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em momento de alta demanda por termelétricas devido à crise hídrica, a Petrobras (SA:PETR4) está tomando medidas com potencial de elevar em 36% a oferta de gás natural na comparação com a demanda registrada no primeiro trimestre deste ano, com maior importação e maximização de produção de algumas unidades.

Ao ser questionada sobre medidas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que exigem maior disponibilidade de gás natural para despacho termelétrico, a Petrobras afirmou à Reuters que a oferta poderia subir para 110 milhões de metros cúbicos diários, com a produção local atualmente maximizada a mais de 46 milhões de m³/dia e a importação de gás natural boliviano elevada ao limite de 20 milhões de m³/dia.

Além disso, a importação de Gás Natural Liquefeito (GNL) em alguns meses deste ano alcançou 14 cargas por mês, mais do que o dobro do visto tem tempos recentes, enquanto a empresa também está ampliando a capacidade do terminal de regaseificação na Baía de Guanabara em 50% com autorização da reguladora ANP.

"O esforço ocorre em momento de demanda em ascensão, devido ao incremento do despacho termelétrico determinado pelo ONS no quarto trimestre de 2020 e à aceleração da atividade econômica", disse a Petrobras, ao ser questionada sobre informação de fonte do setor elétrico relativa a medidas para aumentar a oferta de gás.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse nesta terça-feira em audiência na Câmara para debater a crise hídrica que mudanças nas vazões dos reservatórios de hidrelétricas e o uso de energia termelétrica deverão permitir que o Brasil passe pela crise hidrelétrica de forma "segura", afastando riscos de abastecimento de eletricidade.

Ainda sobre a importação de gás boliviano, a Petrobras disse que busca a celebração de contrato interruptível com a estatal YPFB, "de forma a aumentar a oferta oriunda daquele país".

A petroleira afirmou também que posicionou seus dois navios regaseificadores afretados nos Terminais de Regaseificação de GNL, possibilitando uma injeção total de 34 milhões de m³/dia.

Esse volume de injeção de gás natural oriunda dos terminais deve subir para até 44 milhões de m³/dia, com a ampliação do terminal de regaseificação do Rio de Janeiro, de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está autorizando a expansão, disse o diretor-geral da autarquia Rodolfo Saboia, na mesma audiência na Câmara.

GNL FUNDAMENTAL

A Petrobras disse que a oferta de GNL é fundamental para o atendimento das termelétricas, cuja demanda está em torno de 37 milhões de m³/dia.

Dessa forma, o total já adquirido pela Petrobras em 2021 para entrega até setembro é de 67 cargas de GNL, ante 43 e 33 nos anos de 2019 e 2020, respectivamente, segundo informação obtida na empresa, após consulta.

A maior importação de GNL também ocorre diante da parada programada de 30 dias da plataforma do campo de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, a partir de 15 de agosto, para manutenção.

© Reuters. Edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (RJ) 
09/03/2020
REUTERS/Sergio Moraes

O gasoduto Rota 1 escoa o gás natural produzido em Mexilhão --que respondeu por quase 10% da produção do país em abril--, e em outras plataformas do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos para consumo termelétrico.

A esse respeito, a Petrobras disse que está atuando para conciliar a manutenção da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1 às paradas programadas de usinas termelétricas próprias e de terceiros, reduzindo, assim, a demanda por gás natural dessas térmicas no período, "em cronograma articulado antecipadamente com o ONS, buscando o mínimo impacto possível ao setor".

 

(Por Rodrigo Viga Gaier; com reportagem adicional de Roberto Samora em São Paulo e Marta Nogueira no Rio de Janeiro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.