Money Times - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da Avon pela Natura (SA:NATU3) sem restrições, de acordo com o comunicado divulgado pela companhia ontem (6). O valor estimado da transação é de aproximadamente US$ 3,7 bilhões.
A aprovação veio antes do que o UBS esperava. O banco espera uma reação positiva para a ação da Natura, dado que o Cade julgou que o aumento da concentração e do Índice Herfindahl-Hirschman (IHH) – medida que determina o nível de competitividade de uma empresa – em fragrâncias, cuidados para a pele e cosméticos não é garantia para exercer nenhuma medida de remediação antitruste.
A decisão do Cade foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (7), e será considerada final após o decorrer de 15 dias contados a partir desta data.
A consumação da transação permanece sujeita ao cumprimento de outras condições precedentes, incluindo a aprovação por autoridades de defesa da concorrência.
O UBS espera que o acordo feche no primeiro trimestre de 2020, caso seja aprovado pelos acionistas de respectivas partes A Natura espera ouvir de outros órgãos antitruste em 41 jurisdições antes que o acordo seja, por fim, concluído.
“Nossa expectativa é de que o acordo feche no primeiro trimestre de 2020, caso seja aprovado pelos acionistas de respectivas partes”, disse o banco.
Resultados A publicação dos resultados da Natura está prevista para dia 13 de novembro.
O UBS estima receita líquida de R$ 3,41 bilhões, alta de 9,4% na comparação ano a ano. O Ebitda, avaliou, deve registrar leve crescimento de 0,5%, totalizando R$ 486 milhões. O lucro líquido está cotado para subir 4,9%.
Ainda assim, o banco traz recomendação de venda em 12 meses, com preço-alvo de R$ 27.