São Paulo, 1 jul (EFE).- A Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, estreou nesta segunda-feira na Bolsa de São Paulo com uma alta de 7,7%, até R$ 16,86 por ação, o mesmo que registrava uma hora depois da abertura.
Esse é o valor oficial de início coletado pela Bolsa de São Paulo, embora o primeiro preço de pré-abertura visível registrado no pregão tenha sido ligeiramente inferior, de R$ 16,52.
Dessa forma, a Neonergia alcançou um valor de mercado de R$ 20,45 bilhões nos primeiros minutos de cotação da bolsa.
No total, foram oferecidas 208 milhões de ações, que representam 17,13% da capital da Neoenergia, companhia formada em 2017 após a fusão desta empresa com a Elektro, ambas participadas pela Iberdrola.
A empresa dirigida por Ignacio Galán pôs à venda um pacote de 29,7 milhões de ações e manteve uma participação de 50% do capital mais uma ação.
O Banco do Brasil, por sua parte, ofereceu toda sua participação, de 9,34% (113,4 milhões de títulos), enquanto o fundo de pensões Previ vendeu um total de 64,9 milhões de títulos e ficou com 32,9%, se mantendo como acionista relevante.
A Neoenergia anunciou este ano sua intenção de estrear no pregão brasileiro após a tentativa frustrada de 2017, quando suspendeu a operação porque os potenciais investidores não estavam dispostos a pagar os preços ofertados por suas ações, então fixados entre R$ 15,02 e R$ 18,52.
Após a operação desta segunda-feira, a companhia começou a cotar no Novo Mercado da Bolsa de São Paulo, que reúne as empresas com maior governança corporativa do país.
A operação representa a segunda e maior colocação deste tipo no Brasil nesse ano e é a mais relevante no setor energético brasileiro desde 2000.
Através da Neoenergia, a Iberdrola se transformou em uma das duas maiores elétricas do Brasil, com 13,9 milhões de pontos de fornecimento que atendem 34 milhões de brasileiros.
A companhia está presente em 18 dos 27 estados, conta com uma capacidade de produção de mais de 3.700 MW, dos quais quase 86% são renováveis, e possui quase 700.000 quilômetros de linhas elétricas, operadas pelas suas distribuidoras Cosern, Celpe, Coelba e Elektro.
"O Brasil é indubitavelmente um dos pilares do crescimento do grupo Iberdrola", ressaltou Galán, citado em comunicado.