Investing.com - A JBS anunciou na última quarta-feira uma série de iniciativas ambientais no programa Juntos pela Amazônia, que tem como objetivo melhorar a sustentabilidade de sua cadeia de produção e apoiar o desenvolvimento do bioma. Para o BTG Pactual, segundo relatório publicado nesta quinta-feira, as iniciativas são claramente positivas, dada a crescente importância das métricas ESG entre os investidores, e mantém recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 36.
Às 12h55, os papéis da companhia (JBSS3) eram negociados a R$ 21,67, em alta de 0,2%.
Por meio do plano, a JBS se comprometeu a monitorar completamente seus fornecedores indiretos na Amazônia até 2025 por meio de uma nova plataforma que será compartilhada com os outros players da indústria. O plano inclui também um fundo com o objetivo de investir na conservação e restauração da floresta, no bem-estar das comunidades locais e no desenvolvimento científico e tecnológico, para o qual a companhia irá doar R$ 500 milhões ao longo dos próximos 10 anos.
A gestão da JBS mencionou ainda que mais detalhes da agenda ESG serão apresentados em seu Investor Day, que deve incluir impactos de governança corporativa, social e ambientais das operações.
O BTG (SA:BPAC11) destaca ainda como pontos positivos das ações da empresa a melhora na estrutura de capital e a consequente diminuição na percepção de risco.
BNDES pede instauração de ação contra executivos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está pedindo a outros acionistas da JBS que apoiem a instauração uma ação de responsabilidade contra executivos e acionistas controladores do frigorífico por perdas que eles potencialmente causaram à empresa.
O BNDES, que detém 21,32% do capital do frigorífico, pediu em 21 de setembro à companhia que convoque uma assembleia de acionistas para discutir o assunto. O banco afirmou em carta enviada à JBS que pretende discutir na assembleia acordos de delação e leniência firmados pelo acionista controlador da J&F Investimentos em 2017, nos quais os seus fundadores Joesley e Wesley Batista admitiram pagamento de vantagens ilegais a agentes públicos, lavagem de dinheiro por meio da emissão de notas fiscais frias e doações ilegais a campanhas eleitorais utilizando-se recursos da companhia.
A instituição disse que o acordo judicial revelou irregularidades que causaram prejuízos à JBS. Em 6 de setembro, a JBS informou em fato relevante que fazia parte do acordo de leniência firmado pela J&F.
Agora, o BNDES disse que planeja discutir com os acionistas da JBS uma possível ação legal para que os executivos e acionistas controladores do frigorífico assumam a responsabilidade pelos prejuízos.