Chicago (EUA.), 21 mai (EFE).- Na abertura da última jornada de reuniões da cúpula da Otan, que será finalizada nesta segunda-feira em Chicago, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exaltou o interesse da comunidade internacional em garantir um Afeganistão "estável e seguro".
"A região e o mundo têm profundo interesse em garantir que o Afeganistão seja estável e seguro", disse Obama ao remarcar os "importantes progressos" que já registrados na transferência do controle da segurança do país às forças afegãs.
Nesta cúpula da Otan "vamos firmar uma longa aliança com o Afeganistão, a qual inclui um apoio às forças afegãs além de 2015", acrescentou o presidente.
"Os afegãos não vão estar sós", indicou Obama ao expressar sua confiança na "liderança" das forças afegãs "para que esta guerra possa terminar".
Obama também confirmou que a última fase da transição, como havia anunciado a Otan, começará em meados de 2013, quando a Isaf, a missão aliada no Afeganistão, adotará um papel de apoio até o final de 2014.
No entanto, o comandante chefe das forças dos EUA e da Otan no Afeganistão, o general John Allen, confirmou que essa mudança de postura não certifica que os aliados vão deixar de combater.
Em seu discurso, Obama agradeceu à Rússia e às nações asiáticas por ter facilitado o trânsito de provisões para as forças aliadas no Afeganistão, mas sem mencionar o Paquistão.
Em novembro, em resposta a um ataque da Otan que matou acidentalmente 24 militares paquistaneses, Islamabad decidiu vetar a passagem das provisões por seu território.
Embora o presidente paquistanês, Asif Alí Zardari, tenha sido convidado para esta cúpula, alguns altos funcionários americanos apontaram que o acordo para que Islamabad reabra a passagem de provisões não deverá ser fechado em Chicago.
A grande ausência da abertura da reunião desta segunda foi a do presidente francês, François Hollande, que chegou quando Obama já tinha terminado de falar.
Hollande, por sua vez, anunciou que deverá retirar às tropas francesas do Afeganistão no final de 2012, dois anos antes do calendário fixado pela Otan. EFE