Por Gabriel Codas
Investing.com - Após um novo início de sessão positivo, as ações da Oi (SA:OIBR3) operam com perdas na parte inicial da tarde desta quarta-feira, em um movimento de realização de lucros após superar o patamar de R$ 2. No entanto, as preferenciais seguem com forte valorização, depois de superar os R$ 3,00.
Com isso, por volta das 12h45, as ON operavam com perdas de 5,85% a R$ 1,93 e as PN somavam 5,78% a 2,93
De acordo com a edição de hoje do Valor, a Highline, controlada pelo fundo Digital Colony, também fez proposta pela área de redes de infraestrutura da Oi, a unidade produtiva isolada (UPI) InfraCo. No entanto, nessa disputa teria a disputa de pelo menos mais dez grupos.
A publicação cita que um dos interessados na área é o BTG Pactual (SA:BPAC11), que tem como sócio o empreendedor e executivo israelense Amos Genish. O valor mínimo pela InfraCo. é de R$ 6,5 bilhões, além de R$ 2,4 bilhões referentes a dívidas da InfraCo e um investimento de R$ 5 bilhões, somando R$ 13,9 bilhões pelo negócio
Desta forma, pelos planos da Oi, o valor total da InfraCo alcança R$ 25,5 bilhões. Após a venda do controle, a tele manterá participação acionária de 49% da unidade e fica cliente da nova companhia.
Isso faz com que a Highline esteja na disputa por três áreas da Oi, sendo a UPI Torres, com preço mínimo de R$ 1 bilhão e pela qual ofereceu R$ 1,08 bilhão, e UPI Ativos Móveis, com oferta acima do preço mínimo de R$ 15 bilhões.
O Valor ouviu o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler de Morais que disse que em um negócio de aquisição do ativo móvel, em tese haveria menos condicionantes de ordem concorrencial à empresa controlada pela Digital Colony. Ele destacou, no entanto, que a agência não recebeu qualquer pedido de anuência prévia.
A infraestrutura da Oi, concentrada na InfraCo, é a parte mais nobre da companhia, tanto que sua totalidade não será vendida, diz Juarez Quadros, consultor independente e ex-titular da Anatel e do Ministério das Comunicações. Mas é aí também que está um risco regulatório para o comprador.
A Oi separou os ativos de infraestrutura em duas empresas. Na InfraCo estão os cerca de 400 mil km de fibras ópticas e 43 mil km de dutos. Os ativos remanescentes ficam na nova empresa Oi Client Co, como a rede de cobre e os bens reversíveis da área de concessão de telefonia fixa da Oi.