Por Gabriel Codas
Investing.com - A Embraer (SA:EMBR3) está em fase de reestruturação para superar a maior crise da história da crise da aviação, situação que ficou mais complicada depois que Boeing desistiu da oferta para a compra da divisão comercial da fabricante brasileira. De acordo com a edição de hoje do Estado de S. Paulo, as mudanças no topo da hierarquia começaram em junho, om a troca de quatro vice-presidentes e um diretor.
Por volta das 13h10, os ativos tinham perdas de 0,24% a R$ 8,15.
O veículo informa que o clima é de tensão entre os engenheiros com a possibilidade de que os cortes em outros níveis da empresa. Isso porque, antes mesmo da pandemia, a fabricante já estava com praticamente a metade dos 5 mil profissionais dessa área ociosos. Agora, com a conclusão de projetos do cargueiro militar C-390 Millenium e da família de aviões comerciais E2, a demanda pelo trabalho desses profissionais despencou.
A reportagem explica que um enxugamento já era esperado mesmo em um cenário melhor e com a venda para a Boeing. O anúncio do nome do novo CEO, Francisco Gomes Neto, há 15 meses, os comentários já eram que um de seus objetivos seria tornar a Embraer mais eficiente.
Agora, o cenário é ainda mais desafiador. No primeiro semestre, a brasileira entregou 31 aeronaves; no mesmo período de 2019, haviam sido 73. Além disso, a companhia gastou, no ano passado, R$ 485,5 milhões para separar a unidade de negócios que iria para a Boeing.
Para economizar a fabricante já suspendeu contratos, reduziu jornadas de trabalho e lançou um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que não foi aceito pelos sindicatos.