SÃO PAULO – Após passar do campo positivo para o negativo na primeira sessão da semana, o Ibovespa deve ter um dia agitado nesta terça-feira (3) em meio a indicadores econômicos, às novidades do cenário político e ao noticiário corporativo .
Segundo Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, os destaques da agenda são a produção industrial do Brasil, que sai às 9h, e o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China, que será divulgado pela Caixin Media e pela Markit às 22h45 (horário de Brasília) desta segunda-feira (2).
“O dado da China acaba tendo uma importância adicional porque pode mostrar se a economia do gigante asiático já recuperou seu fôlego e contribuirá para a arrancada das economias emergentes”, disse Pereira.
Na cena corporativa, as ações de bancos puxaram o Ibovespa para baixo nesta segunda-feira e podem ser protagonistas do pregão amanhã novamente. O Itaú (SA:ITSA4) divulga os resultados do primeiro trimestre antes da abertura do mercado e os investidores estarão de olho no volume de provisões feito para fazer frente aos calotes.
O mercado também deve repercutir os resultados de Cielo (SA:CIEL3), que divulga resultado ainda na noite de hoje, e no balanço da Tim.
Já a cena política pode trazer um tempero adicional para o humor do mercado. O encontro que ocorreu nesta segunda-feira entre o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (cotado para o ministério da Fazenda), e o núcleo duro do peemedebista estará no radar dos investidores.
Além disso, Pereira destaca que o dia deve ser marcado por novas reuniões de Temer e rumores sobre indicações para outros ministérios.
Fechamento do mercado
A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta segunda-feira, pressionado particularmente pelas ações de bancos, com Itaú Unibanco (SA:ITUB4) caindo 3% antes da divulgação do resultado trimestral na terça-feira. O declínio dos preços de commodities corroborou a realização de lucros no pregão brasileiro.
O Ibovespa caiu 0,65%, a 53.561 pontos. O volume financeiro somou R$ 5,8 bilhões.
Já o dólar subiu quase 1,5%, aproximando-se do patamar de R$ 3,50, após o Banco Central voltar a atuar de maneira mais intensa no mercado de câmbio e com os investidores de olho no cenário político brasileiro.
O dólar avançou 1,45%, a R$ 3,4900 na venda, depois de cair mais de 1,6% e ir a R$ 3,44 na sessão passada, menor nível em nove meses. Na máxima deste pregão, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,5092.
(Com Reuters)