Por Gabriel Codas
Investing.com - A oferta subsequente de ações que a Petrobras (SA:PETR4) vai realizar para a venda dos 37,5% que ainda detém da BR Distribuidora (SA:BRDT3) ainda deve esperar para sair do papel. De acordo com a edição desta terça-feira do Valor Econômico, a estatal deve esperar uma melhora do cenário atual dos mercados de capitais. Considerando o preço atual dos ativos, a companhia poderia levantar R$ 9,25 bilhões.
Por volta das 10h28, os papéis da BR Distribuidora subiam 1,84% a R$ 21,59, próximo à máxima de R$ 21,60 com R$ 11,2 milhões de volume negociado. O desempenho é superior à alta do Ibovespa no momento da escrita, com alta de 0,45% a 97.424 pontos, na máxima do dia.
No final de agosto, o conselho de administração da Petrobras aprovou a saída do capital da distribuidora. O problema é que, desde então, o principal índice da bolsa acumula perdas de 3,6% e as da BR 2,4%.
Assim, a estatal espera, segurando o follow-on, uma recuperação das ações. A reportagem cita que o mercado avalia que a distribuidora tem cortado custos e buscando uma maior rentabilidade, fazendo com que a BR seja hoje melhor do que era na privatização em 2019. O porém é que a pandemia interrompeu a trajetória de valorização dos papéis.
Em estimativa para a publicação, a Ativa Investimentos projeta que uma valorização da ordem de R$ 4 nos papéis poderia representar, para a estatal, cerca de R$ 1,7 bilhão a mais. Uma possibilidade seria realizar a operação após a divulgação do resultado do terceiro trimestre do ano.
Ao Valor, um analista de um grande banco de investimentos afirmou, sob a condição de anonimato, que o próximo balanço pode ajudar, mas não deve justificar uma valorização abrupta das ações. Segundo ele, a própria intenção da Petrobras de realizar uma venda grande - superior a um terço do capital da distribuidora - tende a manter os papéis pressionados.