Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta terça-feira as ações a Petrobras (SA:PETR4) oscilam entre ganhos e perdas, ficando perto da estabilidade. Na véspera, a companhia informou que vai promover uma nova rodada de ofertas vinculantes pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, após receber duas propostas com valores próximos.
Por volta das 12h40, os ativos recuavam 0,19% a R$ 20,86.
A manifestação da companhia ocorre em momento em que os processos de vendas de refinarias pela empresa passam por julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma decisão contrária do Supremo pode suspender o processo de comercialização de todas as oito refinarias que a Petrobras pretende se desfazer como parte dos seus esforços para quebrar seu quase monopólio no refino do país.
A estatal disse em comunicado que a etapa vinculante do processo de venda do ativo possui participação da Ultrapar (SA:UGPA3), de um consórcio liderado pela Raízen --joint venture entre Cosan (SA:CSAN3) e Shell-- e da chinesa Sinopec.
Por ser estatal, a Petrobras precisa seguir regras específicas para garantir um processo competitivo, com a realização de novas rodadas de lances em caso de empate técnico.
Mas a empresa também considerou as ofertas recebidas baixas e, independentemente da decisão do STF, não descarta manter a refinaria caso o preço não chegue ao valor mínimo estabelecido internamente por sua área técnica, segundo duas fontes ligadas às negociações.
STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu retirar de análise em julgamento virtual um caso sobre a possibilidade de privatização de refinarias pela Petrobras sem aprovação legislativa, segundo informação do sistema de acompanhamento processual da corte.
Ainda não há previsão oficial para que o caso seja apreciado em Plenário, enquanto o julgamento virtual havia estabelecido data até 25 de setembro para uma decisão.
Mas a expectativa é de que o julgamento no plenário do Supremo ocorra ainda este ano, disse uma fonte próxima do presidente da corte, que falou sob a condição de anonimato.
“Aliás, a tendência é de que grandes casos sejam remetidos ao plenário físico”, acrescentou.