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Petrobras prevê 10 plataformas em Búzios até o fim da próxima década

Publicado 08.11.2019, 18:21
Petrobras prevê 10 plataformas em Búzios até o fim da próxima década
PETR4
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Por Roberto Samora e Marta Nogueira

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) prevê colocar em operação um total de 10 plataformas de produção de petróleo e gás no campo gigante de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, até o fim da próxima década, incluindo as quatro que já estão em produção, disseram executivos da estatal nesta sexta-feira.

Com apenas as quatro plataformas em operação, com 150 mil barris de petróleo por dia de capacidade cada, a Petrobras já atingiu produção de 600 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d) no ativo.

A quinta unidade deve entrar em operação no segundo semestre de 2022, informou a companhia em comunicado recente. A unidade terá a mesma capacidade das demais e já está em construção.

Algumas das novas plataformas que serão contratadas poderão ter capacidade de mais de 200 mil barris por dia de óleo, segundo afirmou em teleconferência com investidores nesta sexta-feira o diretor executivo de Exploração e Produção, Carlos Alberto Oliveira.

As declarações foram feitas após a Petrobras expandir, na quarta-feira, seus direitos de exploração em Búzios, por meio de um leilão que trouxe maior previsibilidade de como a empresa irá conduzir a importante área no longo prazo.

Em outro evento, na FGV, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco anunciou também as perspectivas para as plataformas e defendeu ter sido um ótimo negócio pagar juntamente com duas petroleiras chinesas 68,2 bilhões de reais para ter acesso a outros volumes de petróleo já descobertos no campo.

"Búzios é um ativo de classe mundial, tem substanciais reservas, a Petrobras já conhece muito bem", afirmou, ao ressaltar que o custo de extração de Búzios é "muito baixo", de 4 dólares por barril.

"É um investimento que é resiliente a cenários de preços de petróleo baixo, ao redor de 40 dólares por barril", frisou.

Antes do leilão, chamado de rodada dos excedentes da cessão onerosa, a empresa tinha o direito de explorar sozinha até 3,15 bilhões de boe do campo, que promete se tornar o maior produtor do Brasil, ultrapassando até mesmo o campo de Lula, também no pré-sal da Bacia de Santos.

Os volumes excedentes foram arrematados por um consórcio formado pela Petrobras, com 90 por cento de participação, em parceria com as chinesas CNODC e CNOOC, cada uma com 5%.

As chinesas agora terão que fechar um acordo com a Petrobras para definir como a área será explorada e que prevê um reembolso importante de investimentos já realizados no campo pela petroleira estatal.

Ainda na conferência, Oliveira afirmou que as companhias vão tentar antecipar esse acordo para dezembro de 2020, ante prazo final de setembro de 2021.

SEM "FARM-OUT"

Oliveira também ressaltou que a petroleira não tem a intenção de realizar um "farm-out" no bloco de Búzios, ou venda de fatia no ativo.

Uma eventual venda de participação do ativo poderia ser uma forma importante de a companhia conseguir recursos para bancar o gasto com bônus de assinatura do leilão do excedente de Búzios, esta semana. Sozinha a empresa irá pagar por Búzios cerca de 61 bilhões de reais.

Mas a diretora-executiva de Finanças e Relacionamento com Investidores, Andrea de Almeida, disse que a companhia mantém metas de desalancagem, apesar de grandes ofertas por ativos no pré-sal, que geraram preocupações no mercado sobre questões de endividamento.

A CFO disse que a empresa tem opções para levantar recursos para bancar ofertas de leilões, como desinvestimentos e acordo de coparticipação com parceiras chinesas em Búzios, onde a Petrobras já atua pelo contrato original da cessão onerosa.

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