Após abrir em alta, Petrobras (SA:PETR4) sente peso da queda do petróleo (Reuters/Ueslei Marcelino)
SÃO PAULO - Em segunda-feira (25) de instabilidade, o Ibovespa firma tendência de queda em linha com a pressão de baixa sobre Petrobras por conta do tombo nos preços do petróleo. A semana tem agenda econômica carregada aqui e no cenário internacional, com reuniões do Fed e do BC japonês, além da safra de resultados trimestrais das empresas.
As cotações da commodity refletem o temor sobre o excesso de oferta global. O barril perdia cerca de 2% em Londres e Nova York, negociado abaixo da faixa dos US$ 45.
Wall Street operava no vermelho, enquanto na Europa o índice de Frankfurt se segurava no azul diante da queda menor que a esperada na confiança empresarial alemã em julho.
Internamente, a desvalorização do petróleo abate as ações da Petrobras, que negociam sob intenso sobe-e-desce, já que o noticiário é favorável. A estatal petrolífera anunciou venda de unidade no Chile e mudou modelo de venda da BR Distribuidora. As duas notícias animam analistas dado o desafio de reduzir o alto endividamento da empresa.
Por volta de 11h50, o principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo tinha desvalorização de 0,81%, aos 56.537 pontos. Entre as mais líquidas, as ações preferenciais da Petrobras subiam 0,67%, enquanto os papéis do Itaú (SA:ITUB4) recuavam 1,31%.
Resultados
As ações da Fibria (SA:FIBR3) caem 1,30%. A produtora de celulose de eucalipto anunciou lucro líquido de R$ 745 milhões para o segundo trimestre, expansão de 21% sobre o resultado obtido um ano antes. Já a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 925 milhões, recuo de 20%.
Os papéis da Hypermarcas (SA:HYPE3), por sua vez, sobem 0,11%. A fabricante de bens de consumo encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 1,184 bilhão. A cifra é um salto de 488% sobre os R$ 201,5 milhões do mesmo período do ano passado.