Por Gabriel Codas
Investing.com - A criação do private banking que será criado pela XP Investimentos e um grupo de ex-executivos do Credit Suisse terá a corretora como minoritária. De acordo com a edição desta quinta-feira do Valor, a transação será de cerca de R$ 2 bilhões para os próximos anos.
A reportagem destaca que a XP deve ficar com uma fatia de 49%, sem ter interesse em se tornar controladora da nova empresa. Caberá a plataforma de investimentos o aporte de R$ 300 milhões no projeto, o que pode ser multiplicado nos próximos anos, dependendo de métricas cumpridas.
O Valor revela que os executivos que deixaram o banco de investimentos também conversaram com outras instituições, como BTG Pactual (SA:BPAC11), Bradesco (SA:BBDC4) e UBS. A XP levou a melhor por ter uma proposta mais atraente. O grupo teve assessoria da Seneca Evercore.
O grupo de executivos é formado por 18 nomes que deixaram o Creidt Suisse, onde tinham cerca de R$ 240 bilhões sob gestão. O foco da nova instituição financeira, que ainda pedirá licença de atuação ao Banco Central, será o segmento de mercado chamado de “ultrahigh networth”, o topo da pirâmide.
Se esses profissionais levarem uma pequena parcela desses ativos, já terão uma das maiores operações de private banking do país. Para a XP, o negócio representa a aproximação de uma clientela em que hoje ainda tem alcance reduzido, além do acesso a alguns dos melhores talentos da área.
O grupo de executivos é, em sua maioria, egresso da Hedging-Griffo, corretora que foi comprada pelo Credit Suisse anos atrás. Com as mudanças de foco no banco suíço, esses profissionais foram alimentando a ideia de criar um negócio próprio.
Por volta das 15h55, as ações da XP caíam 3,55% a US$ 45,70 em Nova York.