Madri, 28 mai (EFE).- O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, assegurou nesta segunda-feira que não haverá "nenhum resgate dos bancos" do país.
Em entrevista coletiva, o chefe do Executivo descartou que o governo irá recorrer a uma ajuda financeira europeia às instituições financeiras após ser divulgado que o Bankia precisará de uma capitalização de 23 bilhões de euros.
Rajoy desvinculou a forte pressão sobre o prêmio de risco espanhol, que hoje superou a barreira dos 500 pontos básicos, da situação do Bankia, que atribuiu principalmente à incerteza em relação à moeda única europeia.
O chefe de governo reconheceu que com o prêmio de risco em 500 pontos "é muito difícil se financiar", por isso assegurou que é preciso se concentrar em facilitar a liquidez e resolver "o problema da sustentabilidade da dívida".
No entanto, assinalou que "em pouco tempo a Espanha vai deixar de se financiar" fora do país. Rajoy reafirmou o compromisso de seu governo em avançar "no caminho da redução do déficit público", medida que disse ser fundamental "para crescer e criar emprego".
Além disso, destacou que se o déficit não for reduzido, "corre-se sério risco de não podermos nos financiar nos mercados".
Rajoy disse que continuará com as reformas estruturais na Espanha mas pediu que a União Europeia (UE) também as faça. O chefe de governo pediu uma maior efetividade do "mercado único", um apoio do Banco Europeu de Investimentos para pequenas e médias empresas e a criação do Serviço Europeu de Emprego, unido a um plano de emprego entre os jovens.
Rajoy pediu ainda "mais integração fiscal, monetária e política" na UE. "A Europa tem que dissipar qualquer dúvida sobre o euro e reafirmar que a moeda é um projeto irreversível", acrescentou.
Sobre a nacionalização do Bankia, afirmou que ela foi realizada com dois objetivos principais, "garantir a todos os depositantes suas economias" e sanear a entidade. EFE