Por Laurence Frost
PARIS (Reuters) - A Renault manteve as metas para o ano todo nesta sexta-feira, com a queda nas vendas no exterior e negócios com a parceira japonesa Nissan resultando em uma queda de receita de 4,8 por cento no primeiro trimestre.
A montadora francesa reiterou que as duas empresas estão buscando negociações sobre uma estrutura mais permanente para sua aliança, que foi abalada pela destituição do ex-presidente-Carlos Ghosn, por suposta má conduta financeira.
A receita da Renault caiu para 12,527 bilhões de euros entre janeiro e março, já que as entregas recuaram 5,6 por cento, para 908.348 veículos, atingidas pela sua saída do Irã no ano passado.
O volume de vendas no trimestre caiu em todas as regiões fora da Europa, onde subiu 2 por cento, com o mercado mundial de automóveis contraindo 7,2 por cento, disse o chefe de vendas da Renault, Olivier Murguet, em uma apresentação a repórteres e analistas.
"Nesse contexto, a Renault superou o mercado", acrescentou Murguet. A montadora francesa tem lutado com padrões mais rígidos de emissões e uma mudança do diesel.
A receita trimestral ficou um pouco abaixo dos 12,6 bilhões esperados pelos analistas, com base na mediana de nove estimativas em uma pesquisa da Infront Data.
A retirada do Irã no ano passado, sob ameaça de sanções dos EUA, resultou em um declínio de 31 por cento nas vendas da Renault na África, Oriente Médio e Índia, informou a montadora. Excluindo o Irã, as entregas globais teriam caído 1,7 por cento.
O volume de vendas caiu 5,3 por cento na região das Américas e 18 por cento na região Ásia-Pacífico, incluindo a China.