Por Sam Boughedda
Analistas do UBS disseram aos investidores, em uma nota emitida na quinta-feira, que o banco espera que a queda do S&P 500 continue no segundo trimestre deste ano.
“Como os economistas do UBS preveem uma recessão nos EUA no 2T-4T de 2023, o cenário é de confronto entre a queda da inflação e as condições financeiras contra dados de crescimento e resultados corporativos mais fracos”, escreveram, acrescentando que a história mostra que o crescimento/LPA continua se deteriorando nos fundos do mercado antes de haver uma melhora significativa nas condições financeiras.
"Nossa previsão é que o LPA do S&P 500 em 2023 caia >11% para US$ 198 com as margens recuando abaixo dos níveis de 2020 para o S&P ex Fins/Energia. Consideramos que 3200 pontos no 2º tri para um LPA de 14,5x a US$ 220 é um fundo razoável, com cortes maiores nas estimativas, em linha com o ritmo pré-recessão”, complementou o UBS.
No entanto, o banco vê uma queda nos rendimentos de títulos corporativos Baa, após o Fed cortar os juros no 3º tri, dando início a um repique.
"Nosso alvo de 3900 pontos para o S&P 500 no fim de 2023 se baseia em um LPA de US$ 215 em 2024, em linha com os níveis de tendências, e em um valor justo de P/L de 18x, o que implica uma taxa de 2,65% na treasury de 10 anos." Se houver uma rápida queda da inflação, em meio a um crescimento lento, vemos o S&P subir para 4400 pontos em 2023, similar a ralis após quedas rápidas no IPC A/A", concluíram.
Apesar do início de ano positivo, os índices norte-americanos recuaram na quinta-feira, com o S&P 500 se desvalorizando mais de 1%. Nesta sexta, a alta era de 1,60%, aos 3.869,01 pontos, por volta das 13h33.