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Suspensão de EAD para Direito é positiva para setor de educação, vê Morgan Stanley

Publicado 19.09.2022, 12:33
Atualizado 19.09.2022, 13:21
© Reuters.

© Reuters.

SÃO PAULO (Reuters) - O Morgan Stanley (NYSE:MS) considerou positiva para o setor de educação a decisão do MEC de suspender os processos de credenciamento dos cursos de graduação online de Direito, avaliando que o recuo das ações na sexta-feira não era justificado.

O Ministério da Educação (MEC) paralisou os processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação em Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem na modalidade a distância e instituiu um grupo de trabalho para buscar soluções regulatórias em seis meses.

A medida atendeu a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), enquanto cursos relacionados à saúde também são sensíveis à expansão online e enfrentam resistência.

Na sexta-feira, Cogna (BVMF:COGN3) despencou 9,2% e Yduqs (BVMF:YDUQ3) perdeu 5,5%, enquanto, fora do Ibovespa, Ânima perdeu 7,4% e Cruzeiro do Sul (BVMF:CSED3) recuou 4,5%.

Nesta segunda-feira, por volta de 12:30, Cogna avançava 7,03% e Yduqs disparava 9,83%, entre as maiores altas do Ibovespa, que tinha acréscimo de 1,14%. Ânima saltava 12,9% e Cruzeiro do Sul tinha elevação de 7,86%.

O analista Javier Martinez de Olcoz Cerdan, do banco norte-americano, destacou em relatório a clientes nesta segunda-feira que o curso de Direito é uma importante fonte de renda para as faculdades, principalmente as pequenas e médias, que não têm escala para atuar no ensino a distância (EAD).

"Após vários anos de crise no segmento presencial - redução do Fies, canibalização do EAD, Covid-19 -, a aprovação do EAD para Direito provavelmente inviabilizaria manter os campi rentáveis, potencialmente forçando muitos pequenos players a desistir e grandes players a reduzir a capacidade, bem como intensificaria a guerra de preços do EAD", escreveu.

Ele disse que, no geral, as companhias listadas estão menos expostas ao ensino presencial e têm capacidade de minimizar a pressão expandindo em EAD, como é o caso de Yduqs e Cogna, ou alavancando qualidade e marcas, como Ânima e Cruzeiro do Sul.

Para Cerdan, a notícia deve ser vista como positiva, uma vez que sustenta os cursos presenciais por mais tempo.

"Além disso, esperávamos uma aprovação irrestrita de Direito 100% online, mas desta vez o MEC está disposto a ouvir as solicitações da OAB, o que significa que o currículo pode exigir reuniões presenciais semanais", afirmou, acrescentando que isso poderia evitar uma migração excessiva para EAD.

Ele lembra que muitos hubs não têm capacidade suficiente para oferecer programas híbridos, preservando as operações presenciais e os preços de mercado até certo ponto.

Na visão do analista do Morgan Stanley, o setor educacional do Brasil está barato e os players listados estão em melhor posição para ganhar participação de mercado em relação aos grupos regionais, mas o processo de recuperação é lento e deve levar de 2 a 3 anos para se materializar.

© Reuters. REUTERS/Andreas Gebert

"Dito isso, acreditamos que há alguns possíveis catalisadores a serem lembrados: pós-eleições, podemos ver novas alternativas de financiamento público, principalmente caso o Lula vença; e se as condições macro melhorarem os players listados podem acelerar", disse.

O Morgan Stanley tem recomendação 'underweight' para Cogna, com preço-alvo de 2,7 reais; 'overweight' para Yduqs, com preço-alvo de 17 reais; 'equal-weight' para Ânima, com preço-alvo de 6,5 reais; e 'overweight' para Cruzeiro do Sul, com preço-alvo de 6 reais.

(Por Paula Arend Laier, com reportagem adicional de Andre Romani)

Últimos comentários

não era mais fácil copiar como é feito nos países que tem as melhores avaliações no ensino .. isso de "abrasileirar" só fode com a população
toda vez que o Público decide se posicionar sobre algo a população sempre tem que pagar mais caro, fica mais burocrático, mais lento, menos empresas participam e criam os famosos despachantes para "facilitar"...
OAB, MEC e Lula no mesmo tom, no mesmo dia. Tem método. O irônico é que tem otário achando que a educação do Brasil administrada pelo MEC responde ao Governo Federal: não, responde,aos burocratas que tomam o dinheiro do Governo Federal e usam as infinitas "autonomias" pra gastar como querem, Weintraub foi denunciar isso e se lascou, teve que fugir.
Quem tem coragem de sentar na cadeira do dentista formado em EAD????
reversão grafica. caiu semana passada e se so subir essa semana rompe 3.10 espero
Uma engenharia pode EAD, direito, um curso quase 100% teorico, não! Nem imagino o quanto de dinheiro rola por traz entre OAB- Governo- Faculdades, se é bom para população e não para eles, não é feito.
Os amigos do rei em detrimento da nação.
Preço alvo de cogn3 2,70. Então já atingiu. Brincantes!!
é nessa que estou apostando, COGN3.
OAB = Câncer. Como o próprio MEC,entidade tão politizada e esquerdizada que não tem mais nenhuma função social a não ser executar as políticas que interessam à esquerda. Proibir o EAD é encarecer o ensino e dificultar a educação, a OAB insiste em ter mão de ferro sobre os operadores do Direito no Brasil com finalidades políticas, não educacionais, afinal se não barram Uniesquinas por quê barram EAD???
OAB = MÁFIA  - Quando vão se pronunciar quanto aos arrochos constitucionais ! Nunca !!! Outro dia um delegado de polícia disse : Prendi o bandido em flagrante com provas e mais provas do delito , na audiência quem estava para defender a vitima da sociedade ...O vice presidente da OAB ...kkkkkk O BRASIL ESTÁ ACORDANDO !!!
Não vejo nada de mais em formar advogados por modalidade EAD, agora me espanta estarmos formando técniscos e engenheiros EAD e o MEC não estar nem ai.
Tem muito advogado no país... Estava na hora mesmo de a OAB fazer algo.Excesso de profissionais desvaloriza a categoria. Médico ganha bem porque é escasso.
O lobby tentando viabilizar suas entranhas no meio academico, presencial pra que em curso de teoria e teses? Direito nao precisa do presencial, somentr em algumas matérias e tempo curto. Portanto estão deixando de ganhar dinheiro e querem a retomada do presencial. Fim da qualidade ja ocorreu antes da pandemia, qdo tivemos inumeras liberaçoes de faculdades mediocres que formam mediocres profissionais, despreparados na maioria das vezes
EAD é algo sem volta, ainda mais num país f*dido q o camarada tá custando a ter dinheiro pra comer e passa fome pra pagar a faculdade, ainda tem q gastar com condução? Rola não, só nos cursos essenciais no presencial, o resto EAD, o conteúdo é o mesmo e as aulas ficam gravadas pra assistir quantas vezes quiser.
A própria molecada do fundamental e médio aprende mais no YouTube q na escola
Absurdo...estamos na contra mão mundial...
o cara pode fazer quase qualquer coisa via EAD... menos conhecer seus direitos...
Aleluia!
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