O presidente da Suzano (SA:SUZB3), Walter Schalka, disse nesta terça-feira, 9, o que as emissões de carbono estão crescendo rapidamente em todo o mundo e que se aproxima o momento em que será difícil reverter a situação. Em webinar sobre o tema "Sustentabilidade das empresas no período pós-pandemia", realizado pelo jornal digital Poder360, ele disse que a companhia tem buscado formas de mitigar a situação, mas que o problema transcende a empresa. Um outro problema, segundo ele, é a distribuição de renda, que se agravou no último ano.
"Existem dois grandes problemas que precisam ser revertidos rapidamente em todo o mundo. Primeiro é o clima, estamos nos aproximando de um momento onde não será possível mais reverter a situação e infelizmente as emissões continuam crescendo. A Suzano é parte da equação, mas o problema transcende a empresa. O outro é a distribuição de renda e a desigualdade na sociedade que se agravou durante a pandemia".
Schalka explicou que a Suzano é carbono negativo e quer avançar nessa questão. Por diversas vezes no ano passado, o presidente da companhia disse que com a monetização do carbono que é sequestrado por suas florestas, o Brasil teria uma renda extra anual de US$ 10 bilhões, que poderiam ser usados para resolver os problemas sociais na Amazônia e combater o desmatamento ilegal na região.
"Hoje, a companhia é carbono negativo, sequestramos carbono. Mas queremos ser mais. "Queremos renovar a vida a partir da árvore. É da árvore que se retira a fibra, que vai em grande parte para o mercado de papel e para a energia. Queremos também entrar no mercado têxtil a partir da árvore e também no mercado de bio-óleo", disse.
A Suzano se comprometeu a eliminar 40 milhões de toneladas de emissões de carbono e ofertar 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável que poderão substituir plásticos e derivados de petróleo até 2030.