Investing.com - O rendimento dos títulos públicos apresentou ganhos em setembro, impulsionado por fatores domésticos e externos. A análise é da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que divulgou boletim nesta quarta-feira com os dados atualizados do IMA-Geral, índice que acompanha a variação média desses papéis no mercado, e de seus subíndices, com a maior parte tendo os maiores ganhos nos últimos meses.
O IMA-Geral apresentou alta de 1,46% no mês passado e acumula, em 2019, ganhos de 10,72%. Contribuíram para o resultado o corte da taxa Selic na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), a expectativa de continuação do atual ciclo de afrouxamento monetário nas próximas reuniões, a menor tensão da disputa comercial entre EUA e China e cortes de juros pelos principais Bancos Centrais do mundo.
Em agosto, o IMA-Geral havia subido 0,16%, enquanto em julho os ganhos tinham sido de 0,97%.
No caso dos títulos de maior duração, dentro dos seus respectivos índices, encerraram o mês com as maiores variações entre os subíndices. O IMA-B5+, com duração de 13,7 anos, registrou alta de 3,73% no mês, acumulando avanço de 26,55% no ano. Já o IRF-M1+, cujo prazo médio é de 2,9 anos, teve rentabilidade de 1,87% em setembro e registra ganho de 11,89% em 2019.
O boletim aponta ainda que mesmo os subíndices de curta duração apresentaram desempenho acima daquele observado ao longo do ano. O IMA-B5 e o IRF-M1 avançaram 1,74% e 0,64% no mês, respectivamente. No ano acumulam variação de 10,27% e 5,31%, nesta ordem. O IMA-S, subíndice mais conservador que segue a trajetória da taxa Selic, avançou 0,47% em setembro e 4,68% em 2019.
Desta forma, o IDA-Geral, que reflete a performance dos títulos corporativos, também teve correção dos preços de mercado e apresentou elevação de 1% no mês, o melhor resultado no trimestre. Os destaques foram os subíndices dos ativos indexados ao IPCA, IDA-IPCA ex-Infraestrutura e IDA-IPCA Infraestrutura, que registraram variação mensal de 1,79% e 1,81%, respectivamente.