Atualização às 15h02 de 07/08 após a empresa retificar as estimativas sobre o tamanho das perdas do Grupo Tereos com a geada. Na versão original do texto, a perda estimada era de 2 milhões de toneladas.
As sete usinas do Grupo Tereos vão perder em torno de 50 mil toneladas de cana com as geadas de julho. O que influenciará na produção de etanol, em conjunto com o momento na qual a safra entra em declínio natural, e vai deixar a empresa com estoques bem mais ajustados que no mesmo período de 2018 a partir de setembro. Em conferência, o diretor da empresa havia dito que o impacto seria de 2 milhões de toneladas.
As chuvas de 10 mm na região Noroeste de São Paulo, onde estão localizadas as unidades do Tereos, foram consideradas razoáveis e benéficas para a época do ano – em contraste com a seca de 2018 de maio a final de setembro – mas as condições já estão dadas. Costa Filho trabalha com projeções de 19 a 20 milhões de toneladas de cana.
Destas, 40% vão para etanol, que resultarão entre 650 a 700 milhões de litros, entre hidratado, a maioria, e anidro.
Bolsa
O Grupo Tereos está se preparando para abrir o capital na Bolsa de Paris. Na França a empresa, de viés cooperativista, atua em áreas semelhantes com outras biosmassas.
No Brasil, o Tereos abriu o capital e em 2016 o fechou, pela baixa liquidez de suas ações e num período que avançava a crise setorial, com o congelamento dos preços da gasolina no governo Dilma Rousseff, que tirava rentabilidade do biocombustível.
Jacyr da Costa Filho, diretor da regional Brasil, diz não haver planos para retornar às negociações com ações na B3.