Por Vibhuti Sharma e Arjun Panchadar
(Reuters) - As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) sofreram sua maior queda em dois anos nesta sexta-feira, já que a empresa foi abalada pela saída de seu gerente de contas depois de somente um mês e pelas preocupações crescentes dos investidores com o comportamento do executivo-chefe, Elon Musk, que fumou maconha durante uma transmissão pela internet.
Os investidores da montadora de veículos elétricos estão tensos depois de um agosto tumultuado, durante o qual Musk propôs e depois recuou abruptamente de um acordo de privatização. A Tesla disse que seu gerente de contas, Dave Morton, renunciou por estar incomodado com a atenção pública e com o andamento do trabalho.
Morton, cuja saída ocorre depois de a Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) iniciar um inquérito sobre o plano abortado de Musk, engrossa uma lista de executivos que deixaram a Tesla recentemente.
A Bloomberg também noticiou nesta sexta-feira que o gerente de recursos humanos, Gaby Toledano, não voltará de uma licença depois de pouco mais de um ano no cargo.
Mesmo antes de Musk surpreender ao anunciar no Twitter (NYSE:TWTR) no dia 7 de agosto que tinha um financiamento "garantido" para um acordo de privatização, a Tesla já estava sendo questionada por investidores, analistas e operadores de venda a descoberto no momento em que se empenha em atingir suas metas de produção e diminuir seus gastos.
Morton, que entrou na Tesla em 6 de agosto, foi citado em um documento da empresa nesta sexta-feira no qual disse que acredita "muito" na Tesla e que não teve desentendimentos com sua liderança a respeito de seu relatório financeiro.