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Tesouro Nacional espera ETF de renda fixa ainda este ano

Publicado 07.02.2019, 16:35
© Reuters.  Tesouro Nacional espera ETF de renda fixa ainda este ano
DJI
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Arena do Pavini - O fundo de renda fixa com cotas negociadas em bolsa (Exchange Traded Fund, ou ETF de renda fixa) do Tesouro Nacional deve sair ainda este ano, após dois anos e meio de preparação, afirma Jose Franco Medeiros de Moraes, sub-secretário da dívida pública do Tesouro Nacional. Em evento promovido pela S&P Dow Jones e pela bolsa B3 sobre ETFs, ele explicou que o processo está sendo encaminhado agora pelo Itau Unibanco, que ganhou a licitação para ser o gestor do fundo, e que negocia o processo com a Comissao de Valores Mobiliários (CVM). “Nós agora estamos aguardando o processo, mas esperamos que o ETF saia ainda este ano”, disse.

Segundo ele, a expectativa é de que o ETF de renda fixa atraia especialmente investidores institucionais, como fundos de investimentos que podem montar estratégias de maneira mais simples usando esses fundos, bem como os Regimes Próprios de Previdência Social de Estados e municípios, que teriam assim uma forma segura, simples e rentável de aplicar os recursos para aposentadoria de seus funcionários públicos. Moraes destaca a transparência dos ETFs, com divulgação dos preços das cotas no mercado ao longo de todo o dia.

Complemento ao Tesouro Direto

Já o pequeno investidor, a pessoa física, de varejo, vai continuar usando o Tesouro Direto para comprar os papéis do governo. “Notamos um aumento da procura por Tesouro Direto após os grandes bancos reduzirem suas taxas de administração e a B3 diminuir a taxa de custódia dos títulos na CBLC, no fim do ano passado”, disse.

Para ele, a queda dos juros pode reduzir o interesse dos investidores por renda fixa de maneira geral, mas mesmo assim o Tesouro Direto terá o papel de oferecer opções de diversificação. “Neste momento em que os juros caíram e podem cair mais, o Tesouro tem opções prefixadas que podem garantir uma rentabilidade acima do juro atual por um longo prazo”, lembra. “Mas o investidor terá de compreender que vai estar correndo risco, mas na renda fixa”, explica.

Segundo Moraes, o Tesouro considera os ETF de renda fixa mais democráticos, pois permitem a vários tipos de investidores de diferentes portes pagarem a mesma taxa de administração e o mesmo valor inicial. O ETF também possibilita outras opções de estratégias como futuros, ou aluguel de cotas. “E o ETF deve incentivar o alongamento de títulos da dívida, junto com a estabilização macroeconômica que podemos conseguir nos próximos anos caso o ajuste fiscal e a reforma da Previdência tenham sucesso”, diz. Esse alongamento se dá porque, enquanto as cotas são negociadas diariamente, os papéis aplicados no fundo ETF que as garante podem ser de prazo mais longo.

Para o alongamento, porém, Moraes considera fundamenta o equilíbrio das contas públicas. “O que precisa ser equacionado e o lado fiscal”, diz. “É o principal ponto que discutimos com investidores internacionais e agências de risco”, explica. “Alguns passos já foram dados, como a criação do teto de gastos do governo, mas agora é preciso mexer com os gastos vinculados, como a Previdência, para completar o ajuste”, diz.

Construtivo

Moraes observa que o mercado financeiro está otimista com as perspectivas de reforma e ajuste fiscal. “Nós no governo estamos construtivos”, afirma, acrescentando que acredita que a discussão sobre a reforma da Previdência, principal ponto a ser modificado, já teve sua discussão bem amadurecida nos últimos dois anos. Além disso, a equipe que cuida da reforma, montada pelo ex-secretário de Previdência Marcelo Caetano, um dos maiores especialistas em Previdência do Brasil, é extremamente técnica, e agora será comandada por Rogério Marinho, que conta também com experiência parlamentar (foi deputado duas vezes e relatou a reforma trabalhista na Câmara), o que pode facilitar a aprovação das mudanças.

Por Arena do Pavini

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