Por Herbert Lash
NOVA YORK (Reuters) - A The We Company, controladora da deficitária provedora de espaços corporativos compartilhados WeWork, que no ano passado desistiu de planos de IPO por causa de críticas a seu modelo de negócios e gestão errática, decidiu retirar o "We" do nome e adotar a marca pela qual seus negócios são mais conhecidos, segundo documento interno visto pela Reuters.
A volta da marca "WeWork" como nome oficial da empresa é o esforço mais simbólico até agora já empenhado pela gestão instalada no ano passado pelo sócio majoritário, o grupo japonês SoftBank Group Corp, para concentrar a empresa em sua atividade central de compartilhamento de escritórios.
A marca "We" (Nós, em inglês) foi lançada em janeiro do ano passado pelo cofundador da WeWork, Adam Neumann, com o objetivo de ampliar os negócios da empresa para um grupo de estilo de vida.
Neumann foi duramente criticado quando a companhia revelou que ele tinha registrado a marca e recebido um pagamento de 5,9 milhões de dólares da WeWork para sua utilização. O executivo, que foi substituído do comando da empresa no ano passado depois que a companhia desistiu dos planos de IPO, afirmou depois que iria devolver o dinheiro.
Sandeep Mathrani, o novo presidente-executivo da WeWork, afirmou em memorando que anunciou a mudança de nome que a estratégia é mais um passo para a empresa voltar às suas origens.
"Queremos ser estratégicos. Queremos ser inovadores. Queremos ser impactantes. Queremos ser WeWork", escreveu Mathrani. "Estamos oficialmente restaurando o nome de nossa companhia de The We Company para WeWork", acrescentou.
A WeWork, que tem sido impactada pelos efeitos da pandemia de coronavírus, tem afirmado que será lucrativa até o final de 2021.
A empresa agora espera se beneficiar de companhias que estejam reduzindo despesas com infraestrutura de escritórios, buscando usos mais flexíveis de espaços de trabalho, algo que a WeWork afirma ser capaz de fornecer por causa de seu alcance global.