Por Thomas Wilson
TÓQUIO (Reuters) - A Nomura Holdings do Japão registrou sua primeira queda nos lucros trimestrais em mais de um ano, devido a um recuo nas negociações de títulos, destacando a vulnerabilidade da corretora aos mercados mundiais, enquanto busca obter renda mais sustentável no exterior.
O pequeno volume de negociações dos clientes corporativos e institucionais estrangeiros da Nomura levou a uma queda nas transações de renda fixa, refletindo uma tendência dos bancos de Wall Street e freando o renascimento do braço internacional da empresa.
O lucro líquido global da Nomura, o maior grupo de corretagem e banco de investimento do Japão, caiu 15 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior para 51,9 bilhões de ienes (457 milhões de dólares) no trimestre encerrado em setembro, a primeira queda em cinco trimestres.
O resultado ficou abaixo da estimativa média de dois analistas ouvidos pela Thomson Reuters, de lucro de 60,5 bilhões de ienes.
No entanto, o vice-presidente financeiro da Nomura, Takumi Kitamura, disse em nota nesta segunda-feira que espera que os lucros da unidade estrangeira "se tornem mais vivos à medida que a volatilidade do mercado e os movimentos dos participantes do mercado aumentem".
"Mas uma área que vejo uma base forte é que não vamos tomar riscos desnecessários e a minuciosidade de nossa cultura de risco e controle de custos", acrescentou o CFO.
A Nomura iniciou um doloroso processo de reestruturação há 18 meses, com o objetivo de reduzir os custos e mudar o foco do braço estrangeiro para serviços de assessoria ante negociações baseadas no mercado. O segmento conseguiu obter seu primeiro lucro em sete anos no ano fiscal encerrado em março.
Mas no último trimestre, o lucro antes de impostos para a divisão caiu 96 por cento para 0,9 bilhões de ienes, prejudicados por uma queda na negociação de títulos nas Américas, Europa, África e Oriente Médio.
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