RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras (BVMF:PETR4), pode se internacionalizar com foco em países como o Suriname, que exploram a Margem Equatorial (BVMF:EQTL3), disse o presidente da companhia, Sérgio Bacci, nesta terça-feira.
Ele afirmou que a Transpetro deve assinar em breve memorando de entendimentos com Suriname na área de prestação de serviços, podendo atuar no exterior nas áreas de dutos e terminais e também com obras.
A exploração da Margem Equatorial pelo Suriname e Guiana gera novas oportunidades para a Transpetro, disse o presidente da maior empresa de logística da América Latina.
"Tivemos conversa com ministro de Relações Exteriores do Suriname dizendo que nós temos expertise em logística e que poderíamos ajudar o Suriname na logística. Ajudar com duto, terminal, embarcações. Lá eles estão praticamente engatinhando", comentou.
"O memorando de entendimentos é para saber como as coisas funcionam lá e quais as necessidades deles e ver como entramos nesse jogo. Queremos entrar nesse jogo."
Segundo ele, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já orientou a Transpetro a buscar novos negócios, desde que não atrapalhe os planos da empresa matriz.
Sobre os planos de construção de navios para a Petrobras, ele disse que a Transpetro deve lançar até fevereiro do ano que vem a licitação para 25 embarcações.
O processo deverá incluir navios de pequeno, médio e grande portes. Ele disse ainda que a companhia está consultando estaleiros brasileiros para checar a capacidade de construção dos navios no Brasil, conforme plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reativar a indústria naval.
Segundo ele, a ideia é que pelo menos três navios sejam entregues no atual mandato de Lula.
(Por Rodrigo Viga Gaier; texto de Roberto Samora)