BOGOTÁ (Reuters) - Um tribunal colombiano multou um consórcio liderado pela construtora brasileira Odebrecht [ODBES.UL] em 250 milhões de dólares e proibiu contratos com o grupo por 10 anos, dizendo que o consórcio usou corrupção para obter projetos de infraestrutura.
A Odebrecht está no centro do maior escândalo de corrupção da América Latina, reconhecendo em 2016 que subornou autoridades em uma dezena de países. A empresa pagou cerca de 30 milhões de dólares em propinas na Colômbia, de acordo com o gabinete do procurador-geral.
O consórcio estava à frente da construção da rodovia Ruta del Sol 2, com 528 quilômetros de extensão, para a costa caribenha, um contrato de mais de 1 bilhão de dólares.
Os multados na quinta-feira pelo tribunal regional incluem a Odebrecht, a Episol, uma subsidiária da Corficolombiana e do Grupo Aval (CN:GAA), e a Cass Constructores, além de três ex-executivos da Odebrecht Colômbia.
Quatorze pessoas envolvidas no escândalo de corrupção foram presas no país andino, incluindo um ex-senador e ex-ministro dos Transportes.
A Episol disse em comunicado que discorda da decisão judicial e explorará as opções legais disponíveis. A decisão pode ser apelada.
O escritório da Odebrecht na Colômbia disse que não tinha comentários imediatos.
O governo colombiano pediu no mês passado que as empresas reguladoras proibissem a Odebrecht de formalizar contratos estaduais por 20 anos e se opôs à oferta da empresa de pagar 33 milhões de dólares para encerrar as investigações e a proibição de contratação.
(Por Luis Jaime Acosta)