(Reuters) - A Tyson Foods disse nesta quinta-feira que estava cortando 500 empregos como parte de um programa de reestruturação e divulgou que suas vendas trimestrais ficaram aquém das estimativas dos analistas.
A Tyson lançou o programa de reestruturação ao competir com outras produtoras globais de carnes para fornecer produtos à China, o maior consumidor mundial de carne suína. Uma doença devastadora dos porcos, a peste suína africana, dizimou o rebanho chinês, aumentando a necessidade de importação de carne. A Tyson também está buscando se beneficiar de uma promessa de Pequim de aumentar a importação de produtos agrícolas americanos como parte da primeira fase do acordo comercial.
A empresa cortou empregos de várias áreas e níveis, resultando em uma cobrança de 44 milhões de dólares antes dos impostos relacionada a indenizações e outros custos relacionados a funcionários, de acordo com um documento regulatório. A maioria dos cargos eram em escritórios corporativos em Chicago e Springdale, Arkansas, onde fica a Tyson, segundo o documento.
O lucro líquido atribuível à Tyson aumentou para 557 milhões de dólares, ou 1,52 dólar por ação, no trimestre encerrado em 28 de dezembro, de 551 milhões ou 1,50 dólar por ação no ano anterior.
As vendas aumentaram 6,1%, para 10,82 bilhões de dólares, mas ficaram aquém das estimativas de analistas de 11,04 bilhões, segundo dados da Refinitiv. Excluindo itens, a empresa ganhou 1,66 dólar por ação, em linha com as expectativas.
"Com o acesso aprimorado aos mercados globais resultante dos recentes desenvolvimentos do comércio, há razões para estar otimista em relação ao ano fiscal de 2020", disse Noel White, presidente-executivo da Tyson.
Um incêndio que fechou temporariamente uma instalação de carne bovina da Tyson no Kansas no ano passado reduziu suas operações de processamento de carne e deixou restaurantes, empresas de serviços de alimentação e redes de supermercados com dificuldades de comprar carne bovina. O volume de vendas de carne bovina da Tyson caiu 8% no primeiro trimestre.
(Por Uday Sampath, em Bengaluru, e Tom Polansek, em Chicago)