SÃO PAULO (Reuters) - A Usiminas (SA:USIM5) deve deixar para 2019 a tomada de importantes decisões estratégicas para o futuro da companhia, afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo da maior produtora de aços planos do país, Sergio Leite.
A pauta estratégica da Usiminas inclui a reforma do alto forno 3, da usina em Ipatinga (MG), que precisa ocorrer até 2021; a reativação da produção de aço bruto em Cubatão (SP) e instalação de uma nova linha de galvanização na usina mineira.
"Não teremos decisões a curto prazo. Qualquer decisão vai ser tomada só em 2019, mais até, no segundo semestre de 2019", disse o executivo durante teleconferência com analistas.
A Usiminas divulgou mais cedo o melhor resultado trimestral desde o terceiro trimestre de 2010, com alta de 55 por cento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), para 703 milhões de reais.
A empresa ainda não definiu montante de investimentos para 2019, mas em 2018 o orçamento é de 450 milhões de reais, abaixo do considerado "normal" pela empresa, de 500 milhões a 600 milhões de reais por ano.
O vice-presidente comercial da Usiminas, Miguel Homes, afirmou que a companhia deve manter seus preços de aço no Brasil no quarto trimestre e que já iniciou negociações com montadoras de veículos sobre reajustes de contratos válidos a partir do início de 2019.
Segundo Homes, o reajuste pretendido pela Usiminas para as montadoras está num patamar acima dos cerca de 20 por cento de aumento promovido pela companhia junto a clientes da distribuição de aço entre o final de 2017 e setembro.
(Por Alberto Alerigi Jr., edição Paula Arend Laier)