Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Usiminas (SA:USIM5) operam com importante valorização na manhã desta quinta-feira, indo na contramão das perdas do Ibovespa em pregão marcado pela aversão ao risco. A siderúrgica reportou prejuízo líquido de R$ 395 milhões no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 171 milhões um ano antes, afetada por queda em volumes e receita, em meio à retração da atividade econômica desencadeada pela pandemia de Covid-19.
O resultado também veio pior do que a previsão Estimativas compiladas pela Refinitiv apontavam, na média, prejuízo líquido de R$ 170,15 milhões e Ebitda de R$ 218,18 milhões. O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 63%, para R$ 208 milhões, com a margem Ebitda ficando em 9%, de 15% no mesmo trimestre de 2019. Em uma base ajustada, o Ebitda ficou em R$ 192 milhões, declínio de 67% ano a ano, com a margem caindo pela metade, para 8%.
Por volta das 11h28, os papéis somavam 2,33% a R$ 8,35, a segunda maior alta do Ibovespa. O Ibovespa recuava 1,31% a 104.221 pontos.
Além do efeito da retração da atividade econômica, a Usiminas também citou como fatores para a queda provisão para contratos onerosos de insumos e serviços na unidade de siderurgia, relacionados aos efeitos da pandemia da Covid-19 no montante de 51 milhões de reais, provisão para créditos de liquidação duvidosa em 19 milhões também na divisão de siderurgia e provisão para reestruturação na unidade de bens de capital no montante de 19 milhões de reais.
De abril a junho, a receita líquida da Usiminas totalizou 2,4 bilhões de reais, uma queda de 34% ano a ano, com o volume de vendas de aço recuando 43%, para 608 mil toneladas, enquanto o de minério de ferros subiu 7%, para 1,9 milhão de toneladas.
O custo de produto vendido também caiu, 31%, para 2,1 bilhões de reais.
A companhia encerrou o trimestre com 2,5 bilhões de reais em caixa e equivalentes de caixa, um pouco mais do que o dobro do montante registrado um ano antes.
A dívida líquida consolidada em 30 de junho era de 3,7 bilhões de reais, uma elevação de 4,5% ante o final de março, em função da elevação da dívida bruta em razão da desvalorização do dólar ante o real, parcialmente compensada pela elevação no saldo de caixa e equivalentes de caixa em 5,6%.
O indicador de dívida líquida/Ebitda encerrou o trimestre em 2,2 vezes, de 1,7 vez no primeiro trimestre.