Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta quarta-feira as ações da Vale (SA:VALE3) e das principais siderúrgicas operam com forte queda, como reflexo da importante valorização dos contratos futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian. O crescente estoque da commodity na China impulsionou o movimento.
Assim, por volta das 14h10, os ativos da mineradora perdiam 2,62% a R$ 60,96, com CSN (SA:CSNA3) recuando 2,17% 16,23, Usiminas (SA:USIM5) caindo 3,12% a R$ 10,88 e Gerdau (SA:GGBR4) com desvalorização de 2,10% a R$ 21,00.
Os futuros do minério de ferro desabaram nesta quarta-feira, com o índice de referência na China caindo mais que 5% em meio ao alívio em preocupações com o aperto na oferta global e com margens em queda na China impulsionando vendas.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para janeiro de 2021, encerrou em queda de 5,1%, a 796,50 iuanes por tonelada, no menor nível desde 3 de agosto e na maior queda diária em quase seis meses.
Na bolsa de Cingapura, o material usado na fabricação do aço caía 3,8%, para 119,15 dólares.
A demanda por minério de ferro na China, que responde por mais da metade da produção global, se recuperou fortemente desde abril, com usinas elevando a fabricação de aço impulsionadas por medidas de apoio à economia do governo que envolvem incentivos à infraestrutura.
Isso, junto com limitações na oferta e sinais de recuperação na demanda por aço em outros lugares, havia empurrado o minério de ferro para máximas em mais de seis anos nas últimas semanas.
Mas os estoques de minério de ferro nos principais portos chineses saltaram na semana passada para o maior nível desde abril, segundo dados da SteelHome, com os últimos números mostrando aumentos nos embarques da Austrália e do Brasil.
Vale
A mineradora Vale, que trabalha para recuperar nos próximos anos sua capacidade de produção de 400 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, projetou em apresentação nesta quarta-feira que deverá alcançar capacidade de 450 milhões de toneladas no “futuro”, sem detalhar.
No material divulgado ao mercado, preparado para evento com analistas e investidores, a Vale apontou que tem como objetivo a “criação de ‘buffers’ para trazer estabilidade de produção”.
A empresa disse que “criará ‘buffers’ de capacidade para garantir produção de 400 milhões de toneladas por ano”, destacando ainda que o plano “reforça sua flexibilidade”.
A apresentação não detalhou prazos para atingimento dos 450 milhões de toneladas anuais em capacidade.