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Vendas de carros e comerciais leves seguem em alta no início de agosto, diz Anfavea

Publicado 07.08.2023, 12:14
Atualizado 07.08.2023, 12:15
© Reuters. São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil.
06/12/2019
REUTERS/Amanda Perobelli

SÃO PAULO (Reuters) - O emplacamento diário de veículos leves na primeira semana de agosto foi 23% maior que o registrado no mesmo período de 2022, apesar do fim do benefício do governo federal que barateou os preços dos modelos no mês anterior, segundo dados divulgados pela Anfavea, associação de montadoras, nesta segunda-feira.

"O mercado se manteve em patamares aquecidos após o fim dos descontos e começamos agosto com crescimento bem superior a agosto de 2022", afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em apresentação a jornalistas.

Segundo os dados da entidade, os licenciamentos de carros e comerciais leves na primeira semana de agosto ficaram próximos do nível de 10 mil unidades, ante 10.743 unidades em julho. As vendas do mês passado foram as maiores para o mês desde 2019 e também marcaram o melhor em volume e média diária desde dezembro de 2020.

Apesar disso, a entidade vai esperar outubro para avaliar uma eventual revisão em suas projeções para o ano, afirmou o executivo, citando que o benefício federal que reduziu os preços dos veículos no mês passado serviu em parte para "despertar o interesse dos consumidores pela troca de seus veículos", disse o presidente da entidade.

A Anfavea espera que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos em 2023 cresçam 3% este ano, para 2,168 milhões de unidades. A previsão para a produção é de alta de 2,2%, para 2,42 milhões de veículos.

No ano até o mês passado, a produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil ficou praticamente estável sobre o mesmo período de 2022, avançando 0,3%, a 1,315 milhão de unidades. Já as vendas mostraram evolução de 11,3%, para 1,22 milhão de unidades, segundo dados divulgados mais cedo pela entidade.

O setor terminou julho com estoque de veículos novos de 198,8 mil unidades, equivalente a 26 dias de vendas, ante 223,6 mil em junho, segundo os dados da entidade.

Segundo Leite, a queda da Selic decidida pelo Banco Central na semana passada terá "efeito imediato" sobre as vendas de veículos novos, mas o efeito completo sobre o setor se dará mais para 2024.

"A maior dificuldade que temos é a questão de juros e crédito. Esse mercado é insustentável com taxas elevadas como a que ainda está acontecendo", afirmou o presidente da Anfavea.

O Banco Central anunciou na quarta-feira passada uma redução de 0,50 ponto percentual na Selic, a 13,25% ao ano, em decisão que dividiu os membros de sua diretoria em 5 a 4, e sinalizou novos cortes equivalentes, após a primeira flexibilização na taxa básica de juros em três anos.

Questionado sobre o anúncio na sexta-feira do lançamento da nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Leite defendeu que os termos favoreçam projetos que incluam produção nacional ante os que utilizem insumos industriais importados.

© Reuters. São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil.
06/12/2019
REUTERS/Amanda Perobelli

"Estamos cobrando que (o PAC) privelegie produtores que invistam no país para que não tenhamos uma exurrada de produtos importados", afirmou o executivo.

Em julho, o México ultrapassou o mercado da Argentina como principal destino das exportações brasileiras de veículos. As vendas de veículos brasileiros para o México desde janeiro somaram cerca de 83 mil unidades, expansão de 90% sobre o volume de um ano antes. Enquanto isso, na Argentina, que tradicionalmente é o maior mercado automotivo do Brasil, as vendas externas somaram 81 mil unidades, queda de 2,6%.

 

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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