Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - As ações da Vibra Energia (SA:VBBR3) recuam 0,37%, a R$ 23,97, às 14h07. A realização de lucro por parte dos investidores vem após a companhia apresentar números fortes no quarto trimestre de 2021, como reflexo do seu trabalho nos últimos anos, e indicar um caminho positivo para 2022.
A Vibra encerrou o 4T21 com uma margem Ebitda recorde, impulsionado por eventos pontuais que favoreceram o setor como um todo, segundo o UBS. O Ebitda no trimestre chegou a R$ 1,625 bilhão, sendo que a margem Ebitda operacional foi de R$ 163 por metro cúbico.
O trimestre foi sustentado por maiores margens comerciais e pelo efeito positivo de um melhor mix no ciclo Otto com menor participação do etanol, explica o UBS.
Além disso, o UBS também aponta que os trabalhos realizados desde a privatização da companhia em 2019 também ajudaram a reduzir os custos de forma significativa. No 4T28, a margem Ebitda operacional da Vibra foi de US$ 62/m³.
O Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34) (BofA) explica que apesar dos resultados da Vibra refletirem os esforços de gestão para melhorar a eficiência, as margens atuais também se beneficiaram de uma dinâmica de mercado excepcionalmente favorável no 4T21. No período, a companhia e outros players do mercado mostraram a capacidade de precificar para refletir as importações de gasolina e diesel a um custo mais alto.
Os volumes caíram 9,2% no 4T21 em comparação com o 4T20, o que foi causado pelas menores vendas de diesel e óleo combustível, resultado da fraca demanda termelétrica e menores vendas ao término de um contrato com a Petrobras (SA:PETR4).
Para o UBS, 2022 pode ser um momento chave para a Vibra, fazendo com que ela passe de uma distribuidora de combustíveis para uma fornecedora de energia diversificada. Porém, o banco ressalta que ainda é necessário que a empresa forneça mais informações sobre os novos empreendimentos, especialmente no Comerc.
A ações da Vibra ainda não refletem todas as melhorias na suas margens, segundo o UBS, que acredita que isso pode trazer algum ganho para o investidor ainda. A visão positiva é reforçada pelo BofA, que afirma que na medida em que novas iniciativas no segmento de energia sustentável forem bem-sucedidas, isso poderá aumentar ainda mais o potencial de médio e longo prazo.
O BofA mantém a sua recomendação de compra sobre as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 30. O UBS também indica a compra, mas com preço-alvo em R$ 34.