Por Senad Karaahmetovic
As ações do Western Alliance (NYSE:WAL) disparavam quase 20% antes da abertura desta quarta-feira, 19, em Nova York, após o banco regional revelar que seus depósitos tiveram um salto de US$ 2 bilhões em um mês até 14 de abril.
"Apesar das saídas líquidas de depósitos que registramos logo após o fechamento de outros bancos, os saldos dos depósitos se estabilizaram rapidamente, graças às entradas de recursos do final do trimestre, no valor de US$ 47,6 bilhões", afirmou o CEO, Kenneth Vecchione.
O WAL apurou um lucro por ação (LPA) de US$ 1,28, abaixo do consenso de US$ 2,09. A margem líquida de juros (NII) foi de US$ 609,9 milhões, acima do esperado, de US$ 592,8 milhões. O índice de capital de nível 1 (CET1) foi de 9,4%, ligeiramente abaixo do esperado de 9,5%.
"À medida que avançamos no ano e nos aproximamos de 2024, a expectativa é que o capital atinja um índice CET1 acima de 11%, com maior liquidez evidenciada por uma relação empréstimo-depósito na faixa intermediária de 80%", acrescentou Vecchione.
As ações do WAL ganharam ainda mais força depois que o Wedbush as inseriu em sua lista de Best Idea. Os analistas do banco também elevaram a classificação dos papéis do Western Alliance para “outperform” (acima da média), com um preço-alvo de US$ 50,00.
Os analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC) acreditam que o risco existencial agora está afastado para o WAL.
"Um trimestre de transição para nossa análise tática, com a eliminação do risco existencial. A combinação do crescimento do valor patrimonial tangível (TBV) e a perspectiva de crescimento trimestral dos depósitos em US$ 2 bilhões podem fazer com que as ações do banco atinjam pelo menos o TBV ou até mais”, concluíram.