Por Gabriel Codas
Investing.com - Depois de o Grupo Pão de Açúcar anunciar que seu conselho de administração autorizou o início de estudos para a cisão da sua unidade de atacarejo, Assaí, com listagem na B3 e de ADRs na NYSE, a XP Investimentos divulgou relatório avaliando a operação.
Na visão dos analistas, as ações do GPA (SA:PCAR3) negociam a 6,9x EV/EBITDA 2021. Assumindo que a companhia, desconsiderando Assaí, negocie a no máximo 6,9x EV/EBITDA e que Assaí negocie a no mínimo 6,9x EV/EBITDA, a análise sugere um potencial de alta de até 38% e um potencial de queda de até 34% para a soma das partes.
Apesar disso, a recomendação da equipe para o ativo segue sendo neutra. A corretora reconhece o potencial valor a ser destravado pela separação dos negócios, que poderia evidenciar o valor não reconhecido na operação de varejo.
Entretanto, os analistas levantaram alguns pontos de discussão em relação ao valor da soma das partes: as informações públicas divulgadas pela companhia hoje permitem uma estimativa de avaliação por soma das partes, a separação dos dois negócios poderia potencialmente gerar ineficiências, como redundância da estrutura administrativa, na visão deles é pouco provável que o mercado atribua um múltiplo igual ao atual ou maior para a operação de GPA (sem Assaí), dado o menor potencial de crescimento.
Assim, a XP segue com preço-alvo de R$ 70,00 para o final do ano. Eles enxergam as ações negociando a um múltiplo P/L de 17,5x em 2021, que avaliamos como justo.
Por volta das 13h10, os ativos tinham alta de 14,92% a R$ 71,41.
Itaú BBA
O jornalista Lauro Jardim, do O Globo, informou em seu blog que o Assaí deve ser “criado” com um valor de mercado de R$ 27 bilhões e estimativa de faturamento de R$ 35 bilhões em 2021.