Investing.com – As ações da XP (BVMF:XPBR31) passam por um processo de recuperação desde novembro de 2023, retomando patamares de setembro do ano passado. Com o início do ciclo de cortes dos juros no Brasil e expectativa do mercado de que o Federal Reserve comece a diminuir as fed funds no mercado americano no primeiro semestre, alimentando apetite ao risco, os investidores demonstraram maior otimismo com os papéis. Mas a melhora nos resultados deve ficar mais clara no segundo semestre, na visão de analistas do BTG e do Andbank. Os dados do quarto trimestre do ano passado devem ser divulgados em 22 de janeiro.
O BTG (BVMF:BPAC11), em relatório enviado aos clientes e ao mercado, avalia que os resultados ainda podem enfrentar pressão no primeiro semestre, com limites nos custos no período. Os analistas do banco mencionam que a estratégia da XP apontada no Dia do Investidor foi de foco eficiência e na rentabilidade. “O banco XP se tornará mais relevante, preparando todo o ecossistema XP para se tornar menos cíclico (se/quando a Selic voltar a subir) e mais resiliente”, apontam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
O quarto trimestre ainda não deve mostrar sinais claros de recuperação, no entendimento do BTG. “À medida que novas verticais se tornam mais relevantes e o perfil médio de investimento dos investidores da XP torna-se mais semelhantes aos níveis de mercado (principalmente em renda fixa), espera-se que os resultados sejam menos cíclicos”, detalham. O BTG possui recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de US$30 para as ações negociadas nos EUA.
Em entrevista ao Investing.com Brasil, o analista Fernando Bresciani, do Andbank, concorda que a taxa de juros em queda, levando a ajustes nas taxas de desconto e menor pressão financeira, tende a beneficiar as companhias do setor brasileiras listadas no mercado americano. “Se não houver cenário atípico, é um mundo que vai ter queda de juros em geral, nos Estados Unidos, Europa, aqui, preparando para um cenário ainda melhor em 2025”, avalia.