Investing.com - A XP Investimentos, depois do resultado do primeiro turno da eleição para a presidência, revisou o caso de investimento da Petrobras (SA:PETR4), analisando os cenários para a empresa com base nas declarações dadas pelos candidatos no decorrer da campanha. O preço-alvo pode variar de R$ 22 a R$ 33, a depender de quem vencer a disputa presidencial e a política que será adotada para a estatal.
Para os analistas, a conclusão é que apesar da forte valorização recente, o ativo ainda oferece um risco-retorno equilibrado, levando em consideração o adicional para reduzir o seu desconto a petroleiras globais em um desfecho de eleição pró-mercado e o risco quantificável em um cenário adverso, em que a empresa não pode mais sustentar sua atual política de preços a partir de 2019.
Com isso, a corretora mantém a recomendação neutra para os ativos da Petrobras, elevando os preço-alvo de R$ 24,00 para R$ 28,00 para as preferenciais e de R$ 23,00 para R$ 27,00 para as ordinárias.
O cenário base da XP assume a extensão da política de preços de combustíveis, mas não dos subsídios ao diesel, o que leva o preço-alvo de R$28 por ação PN. Já em um contexto da extensão da política de precificação da Petrobras, mas estendendo o programa de subsídios, defendida por Bolsonaro, o preço-alvo vai a R$33. Já para preços de combustível fixos nos níveis atuais e sem repasse de preços de câmbio e petróleo, segundo as indicações da campanha de Fernando Haddad, o preço-alvo seria de R$22.
Os analistas destacam que esse impacto pode ser maior em um cenário de depreciação maior do câmbio.