Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - Quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perguntou a Buzz Aldrin, o segundo ser humano a pisar na Lua, o que ele pensava sobre a atual capacidade dos norte-americanos de operarem no espaço 50 anos após a missão da Apollo 11, o ex-astronauta tinha uma resposta pronta.
"Na verdade, eu estou um pouco decepcionado nos últimos 10 ou 15 anos", disse Aldrin a Trump na sexta-feira.
Com a celebração dos 50 anos do primeiro pouso lunar nesta semana, Trump trouxe ao Salão Oval da Casa Branca os astronautas sobreviventes daquela missão, Aldrin e Michael Collins, e parentes do falecido Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua.
Trump, um forte entusiasta da missão dos EUA para Marte, fez perguntas a Aldrin e a outros, incluindo ao administrador da Nasa Jim Bridenstine, em uma maneira que sugeria que ele gostaria de pular a missão à Lua no caminho para embarcar para Marte. Ele perguntou se os Estados Unidos utilizariam a Lua como um ponto de lançamento para Marte, o que é o atual plano, ou se eles iriam direto para o Planeta Vermelho.
Aldrin disse que o programa espacial dos EUA conseguiu tanto há 50 anos atrás, mas que a era mais recente era mais problemática, e o decepcionava.
Aldrin disse que os atuais planos dos Estados Unidos para a próxima missão lunar não permitem maneabilidade significativa da espaçonave enquanto ela está na órbita lunar.
Trump se voltou a Bridenstine e perguntou a ele: "Como você se sente sobre isso, Jim?"
"Estamos trabalhando nisso, na verdade", respondeu Bridenstine.
Ele contou a Trump que a cápsula Orion que está sendo desenvolvida com o objetivo de chegar à Lua em cinco anos poderia se engajar em um módulo pequeno em órbita ao redor da Lua, funcionando como uma pequena estação espacial.