SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de comércio eletrônico B2W (SA:BTOW3) reduziu em 22,5% o prejuízo líquido do primeiro trimestre ante mesma etapa de 2019, refletindo em parte as consequências das medidas de restrição à circulação de pessoas tomadas por governos para frear a epidemia de Covid-19.
A companhia encerrou o período com prejuízo de 108 milhões de reais, enquanto a receita líquida disparou 32,3%, a 1,7 bilhão de reais e as despesas operacionais avançaram em ritmo menor, de 20,9%.
Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, a companhia controlada pelas Lojas Americanas (SA:LAME4), o faturamento total de venda de seus produtos e de terceiros (GMV) subiu 27,3%, empurrada pelo incremento de quase 30 mil vendedores na plataforma no período e por expansão de 257% no número de itens à venda, para 31,4 milhões.
A B2W afirmou que a epidemia acelerou iniciativas de entrega de produtos comprados online e a partir de unidades físicas da Lojas Americanas próximas dos consumidores. Segundo a companhia, 100% das lojas da rede já estão com a modalidade da entrega, que em março envolveu mais de 500 cidades do país.
A empresa comentou ainda que em abril adicionou mais 20 mil vendedores na plataforma do marketplace, em meio à campanha do grupo de atrair pequenos comerciantes afetados pelas medidas de quarentena impostas pelos governos. A base de vendedores do primeiro trimestre foi de 55,4 mil.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 53,3% ante o primeiro trimestre de 2019, para 127,6 milhões de reais. A margem evoluiu de 6,5% para 7,5%.
A ação da B2W encerrou o dia em alta de 1,1%, cotada a 90,20 reais. O Ibovespa recuou 1,2%.
(Por Alberto Alerigi Jr.)