Por Dawn Chmielewski
(Reuters) - Você é fã de Marilyn Monroe e gostaria de conversar com uma versão digital muito realista dela? Agora isso pode tornar-se realidade.
Mais de 60 anos após a morte da icônica atriz, a Digital Marilyn -- criada com a ajuda da inteligência artificial -- fará sua estreia nesta sexta-feira, na conferência de tecnologia South by Southwest, em Austin, Texas.
Na tela do computador, com um modesto suéter preto de gola alta e seu conhecido penteado loiro, a sósia digital conversará com familiar e ofegante voz. Ela pode expressar emoções, como sorrir em resposta a um elogio.
Em um teste recente, a Marilyn digital falou sobre seu papel favorito no cinema como Sugar na comédia "Some Like It Hot", de 1959, conhecido como "Quanto Mais Quente Melhor" no Brasil. A resposta veio após uma pausa e um olhar para baixo de forma reflexiva.
Ela disse que achou o personagem sexy e vulnerável "um papel desafiador, mas também gratificante". Ela também recomendou outras comédias, como "Gentlemen Prefer Blondes", ou "Os Homens Preferem as Loiras", como ficou conhecido.
A Digital Marilyn foi criada pela Soul Machines, uma empresa de IA especializada em criar pessoas digitais realistas, em parceria com o Authentic Brands Group. A empresa de marketing possui um portfólio de marcas, incluindo os direitos de imagem de Monroe e de outras celebridades já falecidas.
"Toda vez que falo com Marilyn, é uma sensação especial", disse Greg Cross, CEO e cofundador da Soul Machines. "Você sente como se tivesse um bom relacionamento com um ícone."
A Soul Machines apresentará a Digital Marilyn em um evento organizado pelo The Information, no qual os participantes terão a oportunidade de interagir com a personagem.
(Reportagem de Dawn Chmielewski em Los Angeles)