Por Jeff Mason
PARIS (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em Paris, nesta sexta-feira, pediu desculpas pelo atraso do Congresso na aprovação do mais recente pacote de ajuda dos EUA e anunciou uma nova parcela de 225 milhões de dólares à margem dos eventos do Dia D.
A reunião foi o primeiro encontro presencial desde que Zelenskiy visitou Washington em dezembro, quando os dois pressionaram os republicanos a superar a oposição em seu partido a um maior apoio à Ucrânia.
Eles se encontrarão novamente na próxima semana em uma cúpula do G7 na Itália, enquanto as nações ricas do Ocidente discutem o uso de ativos russos congelados após a invasão da Ucrânia para fornecer 50 bilhões de dólares para a Ucrânia.
Zelenskiy disse à Reuters no mês passado que os países ocidentais estão demorando muito para tomar decisões sobre ajuda.
"Você não se curvou, não cedeu de forma alguma, continua a lutar de uma forma que é ... simplesmente notável", disse Biden ao líder ucraniano no início de sua reunião na sexta-feira. "Nós não vamos nos afastar de você."
Biden pediu desculpas a Zelenskiy pelos atrasos antes da aprovação do último pacote de ajuda dos EUA no Congresso em abril. Ele confirmou que estava assinando uma parcela adicional de 225 milhões de dólares na sexta-feira para ajudar a Ucrânia a reconstruir sua rede elétrica.
"Peço desculpas por ... essas semanas sem saber" o que vai acontecer em termos de financiamento, disse Biden. "Alguns de nossos membros muito conservadores (do Congresso) estavam atrasando o processo. Mas finalmente conseguimos."
"Ainda estamos dentro, completamente, totalmente", declarou Biden.
Zelenskiy agradeceu a Biden pelo apoio militar, financeiro e humanitário dos EUA.
"É muito importante que você fique conosco. Esse apoio bipartidário com o Congresso, é muito importante que nessa unidade, Estados Unidos da América, todo o povo americano fique com a Ucrânia, como foi durante a Segunda Guerra Mundial, como os Estados Unidos ajudaram a salvar vidas humanas, a salvar a Europa", disse ele em inglês.