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Chefe da ONU denunciará Israel e Hamas por violações contra as crianças

Publicado 07.06.2024, 18:50
Atualizado 07.06.2024, 18:55
© Reuters. Crianças palestinas esperam para receber comida preparada em uma cozinha de caridade em meio à escassez de alimentos, em Rafah, na Faixa de Gazan13/02/2024nREUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Por Michelle Nichols

NOVA YORK (Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, acrescentou o setor militar israelense a uma lista global de infratores que cometeram violações contra crianças em 2023, afirmou o enviado de Israel ao órgão, Gilad Erdan, que descreveu a decisão como “vergonhosa”.   

O Hamas e a Jihad Islâmica Palestina também serão incluídos, afirmou uma fonte diplomática que não quis ser identificada.   

Erdan afirmou que foi notificado oficialmente da decisão nesta sexta-feira. A lista global está incluída em um relatório sobre crianças e conflitos armados que Guterres deve enviar ao Conselho de Segurança da ONU em 14 de junho.   

O relatório cobre seis violações: assassinato e mutilação, violência sexual, sequestro, recrutamento e uso de crianças, negação de acesso a auxílio e ataques contra escolas e hospitais. Não ficou imediatamente claro por quais violações Israel, Hamas e Jihad Islâmica Palestina foram listados.   

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que a decisão “terá consequências para as relações de Israel com a ONU”. O país tem há tempos uma relação atribulada com a organização, algo que só piorou durante a guerra entre israelenses e Hamas na Faixa de Gaza.   

No mês passado, a ONU afirmou que pelo menos 7.797 crianças morreram na Faixa de Gaza — que é governada pelo Hamas — durante os oito meses de guerra, citando dados de corpos identificados pelo Ministério da Saúde local e que a entidade considera confiável. A imprensa estatal de Gaza fala em cerca de 15.500 crianças mortas.   

De acordo com o Conselho Nacional para a Criança israelense, 38 foram mortas no dia 7 de outubro, no ataque liderado pelo Hamas e que deu início à guerra. Também havia 42 crianças entre os cerca de 250 reféns levados para a Faixa de Gaza naquele dia. Apenas duas delas não foram soltas até agora.   

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que o chefe de gabinete de Guterres ligou para Erdan nesta sexta-feira “como cortesia dada a países que foram recentemente listados no anexo do relatório”. Erdan postou um vídeo nas redes sociais com suas respostas durante a ligação.   

“Estou absolutamente chocado e enojado com essa decisão vergonhosa do secretário-geral”, afirmou ele. “O exército israelense é o mais moral do mundo, então esta decisão imoral só ajudará os terroristas e recompensará o Hamas.”   

Dujarric descreveu o vídeo e sua parcial publicação como “chocante e inaceitável, e francamente eu nunca vi isso em 24 anos servindo esta organização”.    Em comunicado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a ONU “se colocou na lista negra da história ao se juntar àqueles que apoiam os assassinos do Hamas”.   

Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que a decisão da ONU é “um passo na direção correta, para reponsabilizar Israel pelos seus crimes", e que Israel deveria estar no relatório há muito tempo.   

A adição do país ocorre nove anos após o enviado especial da ONU para as crianças e os conflitos armados ter recomendado a inclusão de Israel e do Hamas à lista, por violações ocorridas na guerra de 2014 na Faixa de Gaza, quando 540 crianças estavam entre os 2.100 palestinos mortos.

© Reuters. Crianças palestinas esperam para receber comida preparada em uma cozinha de caridade em meio à escassez de alimentos, em Rafah, na Faixa de Gaza
13/02/2024
REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

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