DUBAI (Reuters) - Um encontro ocorrido na segunda-feira entre o primeiro-ministro do Catar e os chefes das agências de espionagem Mossad, de Israel, e CIA, dos Estados Unidos, com o intuito de avançar na libertação de reféns que estão com Hamas, foi positivo, mas não existe um acordo iminente, disse uma fonte com informações sobre os esforços diplomáticos.
As três autoridades se reuniram na capital da Polônia, Varsóvia, para discutir um novo acordo e assegurar a soltura de reféns israelenses em troca da possível libertação de palestinos que estão em prisões de Israel, assim como uma “pausa humanitária” na guerra na Faixa de Gaza.
“As conversas foram positivas, com negociadores explorando e discutindo diferentes propostas na tentativa de progredir nas negociações”, disse à Reuters a fonte. “Contudo, não esperamos um acordo iminente”.
As conversações entre o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, que também atua como ministro das Relações Exteriores do Estado do Golfo; o diretor do Mossad, David Barnea; e o diretor da CIA, Bill Burns, seguiram-se a uma primeira reunião entre os três na Europa na semana passada.
Em comunicado emitido nesta terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “enviou o chefe do Mossad à Europa duas vezes para promover um processo para a soltura de nossos reféns”. Ele não deu detalhes do que foi discutido. “Não pouparei esforços nesse tema e na exigência de trazer todo mundo (de volta)”, disse. O Catar afirmou estar trabalhando para retomar uma trégua humanitária que colapsou após uma semana, em 1º de dezembro, e pressionando para o fim da guerra Israel-Hamas, que já dura dois meses e causou um desastre humanitário na Faixa de Gaza. Catar e Egito foram os mediadores entre Israel e Hamas, no fim de novembro, de uma trégua que resultou na soltura, por parte do Hamas, de 100 mulheres, crianças e estrangeiros, em troca de 240 mulheres e adolescentes palestinos libertados de prisões israelenses. (Reportagem de Alexander Cornwell; reportagem adicional de Emily Rose, em Jerusalém, e Jonathan Landay, em Washington)