Por Mushtaq Ali e Gibran Naiyyar Peshimam
PESHAWAR (Reuters) - Dois ataques separados realizados por militantes em uma base do Exército e em um centro de saúde no noroeste do Paquistão mataram 28 pessoas, incluindo 10 soldados, além de profissionais de saúde e crianças, informaram os militares nesta terça-feira.
Os ataques, ambos ocorridos na segunda-feira, coincidem com o ressurgimento da militância islâmica na região noroeste da fronteira com o Afeganistão, que no mês passado levou o governo a iniciar uma operação de contra-insurgência na área.
No primeiro incidente, militantes islâmicos atacaram uma base militar no noroeste do Paquistão, matando oito membros da equipe de segurança, disseram os militares nesta terça-feira, depois que um homem-bomba bateu um veículo carregado de explosivos em uma parede.
Os militantes atacaram a base em Bannu, na fronteira com a área tribal do Waziristão do Norte, conhecida como um foco de militância islâmica e próxima à fronteira com o Afeganistão. As forças de segurança mataram todos os 10 agressores envolvidos, disseram os militares em um comunicado.
"Essa resposta oportuna e eficaz (...) evitou uma grande catástrofe, salvando preciosas vidas inocentes", acrescentou o comunicado.
Entre os mortos no ataque de segunda-feira estavam sete soldados do Exército e um soldado paramilitar.
A base militar da era colonial britânica tem sido historicamente usada como plataforma de lançamento para operações antimilitantes e é cercada por residências de civis, que foram abaladas pela forte explosão de segunda-feira, disseram duas autoridades locais à Reuters.
No segundo ataque, separado, ocorrido na noite de segunda-feira, cinco civis, incluindo duas profissionais de saúde e duas crianças, foram mortos em um ataque a uma unidade de saúde no distrito de Dera Ismail Khan. Dois soldados e todos os três militantes foram mortos em confrontos posteriores, disseram os militares.
(Reportagem de Gibran Peshimam, em Karachi, e Mushtaq Ali, em Peshawar)