(Reuters) - O futuro ministro de Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, afirmou na noite de segunda-feira que o Brasil vai se desassociar do pacto global de migração firmado entre países da Organização das Nações Unidas (ONU) no Marrocos, descrevendo o acordo como "inadequado para lidar com o problema".
Na segunda-feira, diversos países da ONU, incluindo o Brasil, se reuniram em Marrakesh para adotar o Pacto Global para a Migração Segura, Ordenada e Regular, visando diminuir a imigração ilegal, ajudar a integrar imigrantes e devolvê-los a seus países de origem.
"Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração", escreveu Araújo em publicação no Twitter (NYSE:TWTR).
"A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país", acrescentou.
O futuro chanceler afirmou ainda que o Brasil buscará um marco regulatório "compatível com a realidade nacional", e que continuará a acolher imigrantes da Venezuela.
"No caso dos venezuelanos que fogem do regime Maduro, continuaremos a acolhê-los, mas o fundamental é trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela", afirmou.
(Por Maria Clara Pestre)